domingo, 30 de janeiro de 2011

Euro Reise: Amsterdam

Dando continuidade às viagens pela Europa chegou a vez da tão esperada Amsterdam. Depois de dois adiamentos estávamos finalmente com tudo marcado para visitar a capital holandesa. Dessa vez infelizmente não pudemos contar com a ajuda da grande Ryanair, pois ela não operava na rota Bremen/Amsterdam. Nossa única opção então era encarar seis horas de viagem de trem (depois das experiências com a Oktoberfest em Munique e o ano novo em Düsseldorf) seis horas de trem não seriam tanta coisa. Nada que um bom sudoku, alguns jogos de cartas (dentre eles poker com moedinhas de 1, 2 e 5 centavos de euros) e um pouco de rum com coca não pudessem resolver. Assim a viagem prosseguiu quase sem problemas. Digo quase pq houve um desentendimento entre os viajantes sobre o horário da passagem que compraríamos e acabamos todos pegando o trem que partia duas horas depois do horário indicado na passagem, só um do grupo estava com o bilhete adequado para o horário, mas nada que uma conversinha com o tio do balcão de informações da empresa de trem não pudesse resolver. No final deu tudo certo e chegamos em Amsterdam em plena noite de sexta.

Check in feito no hotel, era hora de explorar a cidade. Um site na internet que continha informações sobre a cidade aconselhava os turistas a não realizarem como primeira atividade turística dar uma volta na Red Light Street para não ficar com uma impressão errada da cidade. Então o que deveríamos fazer? Visitar a Red Light Street primeiro, é óbivo. E lá se foi a turma descobrir o que havia de tão interessante nessa ruazinha. Vimos então tudo o que havia de interessante (e o que não havia também). Para manter o charme do local não vou comentar sobre ele, hehe. Digo apenas que se eu tivesse dinheiro o suficiente a ponto de não sentir falta de 50 euros eu poderia ter tido uma noite bem interessante.

O que fazer então durante o resto da noite? Procurar o local mais adequado para beber um pouco e depois encerrar numa boate. Assim foi feito. E as primeiras coisas inusitadas começaram a aparecer. Curiosidades da noite:
a) Um cheeseburguer da mcdonalds em Amsterdam é muito mais caro do que na Alemanha, de forma que nossa alternativa do fim de semana foi uma promoção do burguer king que custava 2 euros.
b) Nas boates era necessário desembolsar 50 centavos cada vez que fosse necessário fazer uso do banheiro. Alguém chegou até a comentar que não queriam dar troco para uma moeda de 2 euros, só aceitavam a de 50.
c) Se você é homem e não está disposto a desembolsar essa quantia você pode utilizar os mictórios públicos que ficam espalhados pela cidade em ruas e praças, sejam elas movimentadas ou não. E não estou falando de banheiros químicos. São mijadores mesmo, são diferentes daqueles aos quais estamos acostumados, mas servem exclusivamente para esse propósito. Se você é mulher então não tem saída, ou procura um banheiro de restaurante ou vai pagar os 50 centavos mesmo.

Sábado então é dia de fazer algo mais cultural. Então nada melhor do que um tour grátis pela cidade acompanhados de um guia turístico. Pudemos então desbravar os canais da cidade e ouvir um pouco sobre sua história. Vimos canais, pontes, casas, mais canais, mais pontes, mais casas, dentre outras coisas, e claro, tirar várias fotos. As ruas pareciam ser todas iguais. Eu que sou bom de me situar por várias vezes me perguntei se estava indo na direção certa na hora de ir para algum lugar específico. E os prédios são toscamente tortos. Uns tortos para a direita, outros para a esquerda e até mesmo para a frente. Mas pelo visto para o povo de lá aquilo parece ser a mais total normalidade. Curiosidades da tarde:
a) Conhecemos o sobrado mais estreito da cidade, com cerca de 1,5 metro de largura.
b) A língua holandesa segundo o guia era meio que um mix de inglês com francês, alemão e nórdico. Mas na minha opinião era alemão com mais vogais e letras duplicadas. Chegamos a presenciar alguns locais com frases onde as palavras possuíam quatro letras ou menos e todas tinham pelo menos uma vogal ou consoante duplicada.

Ao final da tarde era hora de fazer uma parada obrigatória num Coffee Shop e experimentar o famosíssimo café holandês cujos efeitos no corpo e na mente diferem dos demais cafés. Eu não curto muito café mas não podia deixar de provar numa ocasião tão especial. Bom, não vi nada demais nem curti muito, continuo sem gostar de café e o holandês não foi excessão. Mas valeu pela experiência. Restava então descansar um pouco e estar inteiro para mais uma noite boêmia.

Agora era hora de fazer um pub crawl, que consiste basicamente em passar a noite indo de uma boate para a outra bebendo uma cervejinha, dançando e conhecendo a galera, ou seja, mais do mesmo. Assim a noite seguiu até todos os integrantes da viagem sentirem-se cansados e resolverem retornar para o albergue para dormir, mas não sem antes dar um pulinho no burguer king e aproveitar outra promoção de lanche por 2 euros. Curiosidade da noite:
a) Excetuando-se garçons e barmans não conversamos com simplesmente ninguém que morasse em Amsterdam ou que ao menos fosse da Holanda. E adicione-se a isso a possibilidade dos garçons, barmans e etc também não serem holandeses.

No domingo então todos levantaram após muito esforço para passear mais pela cidade, tirar mais fotos, e comer mais burguer king. Infelizmente não foi possível realizar outras atividades culturais, visto que não havia muitas opções de baixo custo. Assim nos deixamos levar pelas ruas de Amsterdam e esperamos o tempo passar. Depois de visitar cidades como Amsterdam, Hamburgo, Köln, entre outras, me sinto um pouco chateado ao pensar que Recife tem o privilégio de ser recortada por um rio como o Capibaribe e esse rio não ser aproveitado para o turismo. A quantidade de barquinhos que navegam pelos canais dos rios dessas cidades é enorme. É uma pena o nosso rio ser tão poluído.

Para encerrar a viagem outra parada num Coffee Shop, desta vez para experimentar um bolinho de chocolate com café. Se tinha chocolate no meio então talvez fosse mais gostoso do que o café em si. E realmente estava. E essa foi a última coisa que consegui me lembrar. De repente eu já estava de volta à Alemanha na estação para pegar o trem que seguiria para Braunschweig. Algo por deveras estranho.

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