quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Snowboard e uma noite em Bremen

Bom, o Natal passou mais uma vez e espero que todos tenham vivenciado ótimos momentos nesse período. Minha noite foi bem interessante. Fui com os três mineiros e a carioca que ficaram por aqui a um pequeno jantar organizado pelo escritório estudantil da faculdade, conversamos um pouco com a galera de lá e até ganhamos presentes, presentes que mais tarde seriam utilizados para o nosso grande amigo secreto de 5 participantes, hehe. Para encerrar a noite uma bela ceia com um kassler de porco no molho de cerveja (pois é, cerveja até na comida) acompanhado de arroz e purê, um pavê de sobremesa e filmes de natal. No dia 25 repetimos a mesma operação durante o almoço e degustamos um barril de chopp.

A semana então prosseguiu no marasmo até a segunda, quando resolvemos praticar um pouco de snowboard. E bem... não saiu muito da prática não. Simplesmente não dá pra ficar em pé nesse negócio no meio de um morrinho de neve. Tudo que ganhei neste dia foi apenas uma bunda gelada de tanto cair com ela na neve, vários pequenos cortes na mão depois de eu cair e sair escorregando pelo morro tentando parar usando a mão num trecho onde o gelo mais parecia um ralador, e para completar ainda perdi meu relógio e tive que voltar ao parque para procurá-lo no meio da noite com a ajuda de uma lanterna. Por sorte consegui encontrálo no meio da neve.

Então a terça era dia de colocar em prática o "aprendizado" do dia anterior. Fomos para uma cidade vizinha numa região mais montanhosa onde havia várias pistas para a galera esquiar. A paisagem era totalmente composta por pinheiros, somente pinheiros para tudo quanto era lado, todos completamente cobertos de neve. E para completar, gente. Muita gente. Gente que não tem nada melhor para fazer numa terça e resolve ir brincar de esquiar. Resultado: não havia mais botas de snowboard disponíveis para alugar. Depois de muito tempo discutindo se voltaríamos para Braunschweig ou não, acabamos encontrando uma colina onde a turma alugava trenós para descer a colina. Perfeito. Era muito mais simples e divertido ficar descendo e subindo a colina de trenó do que tentar se manter em pé num snowboard.

À noite voltei para casa crente que ia descansar, até receber uma mensagem no celular. Na noite anterior eu havia ligado para Lucas para saber como faria para pegar com ele as coisas que minha mãe tinha mandado. E ele me respondeu que a mala do pai dele onde estavam minhas coisas tinha sido extraviada e não havia nenhuma notícia dela. Tenso. Eles viajariam na quarta para Paris, ou seja, se nas próximas 24 horas essa mala não aparecesse eu ficaria sem a minha roupa para a festa de ano novo.

Mas novamente eu dei sorte. No dia seguinte recebi a mensagem de Lucas dizendo que a mala tinha sido encontrada e já estava com ele. O que eu teria que fazer agora? Pegar um trem e fazer uma viagem de quase duas horas e meia para Bremen para pegar a mala e voltar. Então lá fui eu para Bremen de noite, e ao chegar lá tenho uma surpresa bastante agradável: o próximo trem para voltar a Braunschweig só sairia de 4:20, e eram 23:30. Ou seja, eu teria que ficar vagando por Bremen por cinco horas num frio miserável. Minha única opção era encontrar um bar.

E foi justamente o que fiz. Após passar no hotel para pegar minhas coisas fui para um pub irlandês que ficava do lado da Hauptbahnhof, e que eu tinha ido quando visitei Bremen (ainda falarei da viagem). A ideia era tomar uma cervejinha e ficar resolvendo sudoku esperando o tempo passar. E ao chegar no pub, fui procurar um banco para me sentar e fui surpreendido por um grupo de mulheres que chegaram com um papo meio doido. Sorte mais uma vez, mal havia chegado e arrumei companhia para passar o tempo no bar. Depois ainda apareceram uns malucos uniformizados com roupas de hóquei. Eles tinham viajado da Bavária para Bremen para ver o time de hóquei deles levar uma lapada de 4 a 0.

Enfim, aproveitei o tempinho com essa galera meio maluca, tomei uma cervejinha, ainda fui atendido por um brasileiro que trabalhava no bar e encerrei a noite numa boate com o pessoal. De repente já eram quatro da manhã e eu estava pronto para voltar para casa.

E amanhã é hora de encarar o trem mais uma vez, novamente para Düsseldorf, para curtir uma festa de ano novo que tem tudo para ser a melhor da minha vida. Meu uniforme já está preparado. Agora só falta partir para a guerra. E que 2011 seja um ano de muitas batalhas e vitórias para todos. Abraços.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Um Natal bem gelado para todos vocês.

Então é Natal. Dessa vez bem diferente do normal. A neve aqui é de gelo mesmo e não de isopor. Papai Noel aqui pode entrar nas casas pela chaminé e não pela janela. Natal aqui é frio mesmo, não é aquela noite quente. Em várias cidades temos os Weihnachtsmarkts (que para quem ainda não descobriu o que é, é o mercado de Natal), com muitos pães com salsichas, muitos amendoins doces, muito gluhwein, e outras incontáveis variedades de comidas, doces e bebidas para encher a barriga da galera.


As cidades estão cobertas de neve, as casas e ruas iluminadas, tudo muito bonito e muito mágico, exatamente como aparece nos filmes de Natal que costumamos assistir. Esse é o Natal de verdade.


Será mesmo? Seria o Natal longe de todos os parentes e amigos mais próximos, sem aquela ceia farta nas casas das avós, sem aqueles tios malandros pra tomar uma com você e tirar onda da sua cara, sem as tias pra dizer, sem os primos e primas para colocar o papo em dia, sem um pai ou uma mãe por perto para dizerem que amam você e você poder dizer o mesmo. Seria esse um Natal de verdade?


Por que não? Natal é Natal em qualquer canto e em qualquer companhia. E sou muito grato por ter a oportunidade de neste ano poder celebrar um Natal diferente, num lugar novo e ao lado de pessoas novas. Pessoas incríveis que eu conheci ao longo dos últimos meses e hoje estão no mesmo barco que eu. Só nos resta então celebrar este momento juntos com a certeza de que esta noite será uma noite tão bonita e emocionante quanto todas as outras que vivemos nos anos anteriores.

Deixo aqui então a todos aqueles que sempre estiveram ao meu lado os meus desejos de paz e felicidade para este Natal. Que todos tenham uma noite maravilhosa ao lado de pessoas queridas e divirtam-se bastante.


Faço minhas as palavras de Tico Santa Cruz. Desejo muita luz, amor, paz, saúde, harmonia, energias positivas, criatividade, união, respeito, que seus sonhos se tornem reais, que vocês tenham sempre força para seguir em frente, para ultrapassar todas as barreiras e obstáculos da vida sempre de cabeça erguida e honestamente.


Para encerrar a mensagem, postarei duas músicas dedicadas a todos vocês, pessoas incríveis, que me fazem um bem imenso e certamente farão falta hoje.


quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Duas noites fracassadas

Para aqueles que se divertiram com as minhas mancadas com as chaves do meu quarto, está na hora de rir um pouco das minhas desgraças. Não precisam ter vergonha em rir disso, porque se eu me importasse não estaria escrevendo.

Enfim, a primeira noite começou como toda sexta feira qualquer. Não tive aula, só precisei me preocupar em ir para a academia e planejar o que fazer de noite. Na minha página de eventos do facebook estava um convite para participar de uma festa organizada pelos espanhóis num dos Wohnheims da cidade, o Michaelishof. Para mim era uma ótima opção.

Juntamos a trupe dos brasileiros e combinamos tudo para ir à festa. Jantamos e eu segui para o meu quarto me arrumar. Ao retornar fui informado de que nosso tram passaria na nossa parada em nove minutos. Tranquilo. Eu estava pronto (com minha Pitú, alguns limões e açúcar dentro de uma sacola para preparar aquela caipirinha mais tarde) os outros também estavam. Então não havia razão para se preocupar.

Mas eis que alguém diz que era necessário comprar um gluhwein (um tipo de vinho quente, ruim como todos os vinhos, que a galera daqui adora tomar nessa época) para que eles não chegassem na festa de mãos vazias. Saímos correndo para o supermercado do lado do prédio para comprar o maldito gluhwein. Compramos rapidamente, e então tivemos que encarar a porra da fila do supermercado. Adivinha o que aconteceu? Perdemos o tram.

O próximo só chegaria em 15 minutos. O que fazer agora? Vamos a pé mesmo, carregando nossas bebidas no meio da chuva. Ao chegarmos na estação da prefeitura constatamos que o próximo tram que poderíamos pegar também levaria cerca de 15 minutos para chegar. Então façamos o resto do percurso a pé. Cerca de meia hora depois de sairmos do nosso querido e aconchegante APM, chegamos ao Michaelishof.

Chegamos no pátio e fomos muito bem recebidos pelo hausmeister que já veio bradando "keine party, keine party auf der kuche". O safado soube que os espanhóis estavam organizando uma pequena festa numa das cozinhas do alojamento e tratou de acabar com a brincadeira da galera. Simplesmente não tínhamos mais festa nenhuma.  E o cara ainda ficou querendo expulsar a gente do pátio, depois da entrada e no fim ainda quis expulsar a gente da calçada na frente do prédio ameaçando chamar a polícia se não fôssemos embora.

Como os espanhóis não tomavam uma atitude sobre o que iriam fazer agora, então eu e os brasileiros decidimos voltar para o APM. Mas teríamos que voltar andando de novo? Que nada, bastava voltar à estação da prefeitura e pegar o próximo tram que sairia em... 6 MINUTOS!

"Vamo depressa! Rápido que dá!" Andamos depressa, depois corremos, fizemos o que pudemos mas não chegamos a tempo. Perdemos o tram de novo e tivemos que regressar novamente a pé debaixo da chuva, com nossas bebidas intocadas. Resultado? Acabou tudo em... pizza! Literalmente! Depois de tanta bola fora só nos restava ir ao turco mais próximo e pedir uma bela pizza de salame para pelo menos terminar a noite de barriga cheia.


Seguimos então para a segunda noite fracassada. Uma noite de terça. Como todas as noites de terça, era noite de Jolly Joker. E esta era ainda mais especial porque era a última de muitos que iriam viajar para as festas de Natal e Ano Novo e só voltariam em janeiro.
Uma noite numa boate era uma boa oportunidade para eu me dar bem com as galegas. Mas dessa vez eu estava de olho numa morena, meio espanhola, meio alemã, que havia conhecido por aqui. A gente já tinha batido um papo em outras ocasiões e a família alemã dela vivia em Essen, cidade que eu iria visitar em breve. Dizer que queria conversar um pouco com ela e perguntar sobre a cidade era a deixa perfeita para chamá-la para sair e tomar uma cerveja e depois encerrar a noite na Jolly Joker.
Pois bem, assim o fiz. Falei que queria conversar com ela sobre a cidade. Ela disse que iria para a Jolly Joker e eu aproveitei para convidá-la para tomar uma cerveja antes e então seguir para a boate. Ela prontamente aceitou. Eu tinha um encontro e depois encerraria a noite numa boate. Estava tudo perfeito. Praticamente garantido, pensei.
Mas como “praticamente” não garante nada... eis que aos poucos eu fui quebrando a cara. Me encontrei com ela, conversamos um pouco enquanto andávamos em direção ao bar, até que ela me disse que um dos meus colegas do curso de alemão havia ligado para ela perguntando o que ela faria de noite e ela o convidou para ir junto conosco. FFFFUUUUUUUUUUUUU!!!!!!
Eu havia feito tudo certo. Só havia esquecido de um pequeno detalhe. Dizer para ela que essa saída deveria ser uma saída a dois. No final das contas, não só um, mas três colegas do curso apareceram para nos fazer companhia. Só para constar, os três eram americanos.
Então era isso, meu encontro estava arruinado. Mas a noite ainda não estava perdida. Ainda havia a Jolly Joker para me salvar. Afinal o bar era só a preparação do terreno. A boate seria o local do ataque.
Então dois dos americanos foram para casa e um deles seguiu com a gente para a boate. E no caminho encontramos com outro americano colega do curso, que estava inclusive morando com a minha amiga a poucos dias. Pra falar a verdade eu havia conhecido ela através dele. Enfim, fomos todos juntos para a boate.
Chegando lá fomos logo pegar mais algumas bebidas. O clima foi ficando mais descolado, a galera conhecida foi chegando aos poucos, todo mundo se divertindo, dançando, e etc. Então estava na hora de eu fazer a minha parte. Conversei um pouco com ela, se aproximando sem pressa, depois comecei a dançar com ela, mas percebi que ela não olhava direito para mim, estava sempre com o rosto virado e começou a beber sua cerveja bem rápido, querendo acabar logo com ela. Assim que acabou a cerveja ela se sentou. Eu resolvi dar um tempinho até tentar de novo e fiquei na minha, fui dar uma volta.
Eis que então, algum tempo depois eu vejo ela dançando com o americano que tínhamos encontrado no caminho para a boate. E ela parecia bem mais animada dançando com ele. E eu posso garantir, se eu já sou lento, o sujeito era três vezes mais. Foi pelo menos uma meia hora com os dois dançando e eu pensando “porra velho! Ou pega ou não pega! Agora para de enrolar!” até que finalmente saiu um beijo entre os dois. FFFUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU de novo!
Pois é, se eu estou querendo ela, mas ela quer o outro cara, quem é que vai conseguir o que quer no final? Ela, é óbvio.
O que me incomodou não foi nem o fato de ela ter beijado outro, mas toda a situação que ocorreu até isso.  Ela aceita um convite que deveria ser de uma saída a dois, chama mais três, e depois ainda beija um cara que ela já conhecia um tempão, com quem já podia ter rolado algo há tempos. Mas não podia acontecer antes né, tinha que ser justo na noite que eu escolhi para tentar investir nela. POR QUE SIMPLESMENTE NÃO RECUSASTES MEU CONVITE PARA SAIR, CARALEOS!! Teria sido muito mais simples!! Infelizmente ela não percebeu qual eram minhas reais intenções, senão talvez tivesse recusado o convite e evitado todo esse aborrecimento.
Pois é, vivendo e aprendendo (ou seria se fudendo?). Ainda bem que aqui na Alemanha o que não falta é mulher bonita. Está mais do que na hora de melhorar minha situação.

Espero então que tenham se divertido bastante com minhas frustrações hoje. Nos próximos dias falarei sobre os dias da minha viagem. Se acharam que isso foi frustração demais esperem até saber como foi minha noite em Köln. Abraços.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Maldita chave

Já estava na hora de dar mais uma geral por aqui, então vamos ao que interessa.

Nesses últimos dias eu me especializei um pouco em fazer besteiras (não me refiro a merdas, e sim besteiras mesmo) com a minha chave do quarto. Como eu havia mencionado, a tal da neve quando derrete e se mistura com a sujeira na rua vira uma bela de uma lama que fica socada em nossos sapatos aqui na cidade. Ônibus, metrô, faculdade, lojas, supermercados, tudo que com o chão limpinho que é uma beleza.

Para evitar esse problema, assim que chego em casa saio pisando com força no chão pra tirar um pouco da neve do sapato, saio arrastando ele na alcatifa do corredor e quando chego no meu quarto ainda dou umas batidas com ele na parede. Por fim o coloco diretamente dentro de uma caixa para não sujar o chão. Tudo certo não é? O quarto fica lipinho.

Bem, estaria tudo certo se eu não me esquecesse de tirar a chave do lado de fora da porta. Exatamente, por duas vezes eu fui dormir com a chave ainda do lado de fora. Na segunda vez um sujeito precisou tocar a campanhia do quarto para me avisar disso. Qual a explicação para isso? Simples. Eu chegava em casa, abria a porta do quarto, só depois é que eu tirava o sapato e então entrava no quarto e fechava a porta, deixando a chave do lado de fora. Mas já me acostumei a tirar a chave do trinco agora. Só não contava com uma noite de pressa para sair de casa e não perder o metrô. Me lembrei que eu havia esquecido (pra variar) alguma coisa. Na pressa abri a porta do quarto, peguei rapidamente o que queria, fechei a porta e saí correndo. Só dez minutos depois caiu a ficha que eu tinha deixado a chave na porta. Ainda bem que tenho colegas no mesmo prédio para me ajudarem nessas horas e pegarem a chave.

E minhas complicações com chaves não pararam por aí. Na última vez que coloquei as roupas para lavar, lembrei (mais uma vez) que faltava alguma roupa. Lá fui eu voltar para o meu quarto. Abri a porta da lavanderia e quando percebi que havia deixado a chave em cima da máquina... paft! A porta da lavanderia se fechou com minha chave lá dentro. Mais uma vez tive que recorrer aos meus colegas de prédio. Precisei ir no quarto de um deles pedir sua chave emprestada para que eu pudesse abrir a porta da lavanderia e pegar minha chave de volta.

E se os problemas parecem muitos, aguardem porque compartilharei em breve duas histórias de duas noites fracassadas. Não farei isso agora porque senão estenderia muito o conteúdo da postagem e ficaria meio cansativo. E além do mais já está tarde e eu deveria estar dormindo. Mas fica de aviso para me cobrarem depois.

Mudando um pouco de assunto, resolvi colocar a minha veia artística novamente em atividade. Descobrimos que havia aqui um pub irlandês onde toda quinta feira rolava um karaoke. Um prato cheio para mim. Não tardei em dar uma chegada lá para conferir. Um ambiente bastante agradável (mas meio caro) com gente de várias idades cantando uma imensa variedade de músicas. Deixei minha marca lá cantando City of Blinding Lights, All These Things That I've Done, Smooth e Sex on Fire. A galera aparentemente curtiu bastante. Voltarei lá para mais apresentações. Vai que aparece alguém pra me chamar pra formar uma banda...

Enfim, na semana em que eu completo três meses por aqui, depois de oito semanas árduas (tá, eu admito, não tão árduas assim) de estudo, eis que chega o momento de um merecido descanso. Duas semanas e meia para a galera dar uma viajada e aproveitar as festas de natal e ano novo. Alguns amigos brasileiros voltaram ao Brasil para curtir esse momento junto com a família e os amigos, alguns americanos, espanhóis e etc também voltando para seus respectivos países, enquanto outros farão grandes viagens.

Eu não poderia ficar de fora dessa. Tratei logo de organizar uma pequena viagem com meus colegas mineiros pelo estado de Nordrhein Westfallen e visitar algumas cidades de lá. Então é hora de dizer tchau porque ainda preciso preparar minha mala, porque se deixar pra amanhã de manhã vai acabar dando merda (nesse caso merda mesmo, hehe).

Abraços

domingo, 5 de dezembro de 2010

Enquanto isso o clima aqui só esfriando. Vamos ver até onde isso vai chegar...

Eis que então chegou a dez graus negativos. Segundo comentários no facebook da galera que está morando aqui a sensação términa bateu na casa dos dezoito negativos. Sussa.

Pois é, começo a pensar que a razão pela qual eu gosto do frio não é pelo frio em si, mas talvez pelo fato de que o frio faz com que o calor se torne algo muito mais agradável. Mas tá de boa, são só mais uns quatro meses até aliviar de novo.

Mas esse frio não pode me impedir de sair de casa e continuar minhas atividades rotineiras. De jeito nenhum. Aproveitei a semana para conferir Harry Potter no cinema numa sessão especial em inglês (pra quem não se lembra a turma aqui só vê filme dublado, uma vez ou outra rola uma sessão com o áudio original). Mas é até melhor pq o ingresso aqui é carinho, aí inibe a vontade de assistir algo.

Na quarta feira não podia deixar de bater o ponto lá no boliche para mais uma noite de treinamento árduo recompensado por bons placares. Na saída é que fiquei impressionado quando vi toda a cidade coberta de neve. Estava tudo branco. Maravilhoso. Me diverti bastante, fiz algumas bolas de neve, fiquei deslizando pelas calçadas (por sinal não dava pra distinguir onde ficava a calçada e onde ficava a rua). Tudo muito belo...

Até o dia seguinte. A mágica sumiu. Dei de cara com montes de neve que se espalhavam por todos os cantos para abrir passagem nas calçadas para que o povo pudesse caminhar. A neve que havia derretido se misturou com a sujeira da rua e virou lama. Tudo agora é uma mistura de branco com cinza e marrom. É divertido ficar andando pisando na neve até a hora de chegar em casa e perceber que você melou o quarto todinho com a sua bota suja. É, esse negócio de neve não é tão glamoroso assim.

Após um fim de semana de mais festas com os amigos (e mais neve) é chegada a hora de se despedir de um dos amigos que fiz aqui. Nosso querido Tio Adam, o sujeito que deixou as portas do seu quarto (duplo) sempre abertas para que nós pudéssemos conversar, fazer a janta e tomar uma antes de sair para algum canto. O grande Tio retorna para o Brasil deixando para nós muito aprendizado, um sonzão antigo mas que funciona muito bem, muitos pratos, talheres e copos, dois sofás, uma poltrona e etc.

Mas a vida segue. Há muito para se fazer ainda, por isso hoje eu fico por aqui e desejo um grande dia para todos. Abraços.