segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Euro Reise: Praga

E assim, eu estava em Dresden. Um pouco cansado, é verdade, mas como eu teria muito tempo para dormir em Recife procurei buscar algumas energias dentro de mim para aguentar o fim de semana.

Liguei para e turma, me explicaram onde eles estavam. Falaram de uma praça e a rua que eles estavam ficava entre duas ruas que terminavam nesta praça. Quando cheguei na tal praça comecei a dar a volta nela olhando o nome de todas as ruas. Obviamente a praça era grande pra caramba, com várias ruas que partiam dela e eu vim encontrar a rua desejada depois de ter dado uma volta completa. Se tivesse começado a procurar no sentido contrário seria a primeira rua que eu encontraria.

Deixando esse pequeno azar de lado, daí pra frente foi bem fácil de achar os caras. E qual a minha surpresa quando vejo o furgão de Christoph estacionado na rua sem nenhuma casa que aparentasse ser uma pousada ou albergue por perto. Pois é, os danados estavam dormindo no furgão desde a quinta feira quando saíram de Braunschweig para viajar. E eu teria que entrar na roda também. Pelo menos o carro era "bem equipado" como vocês podem notar na foto abaixo.


O banco atrás de Rominho e Damian virava uma cama e havia um compartimento na parte de cima do carro que a gente puxava e conseguia espaço para mais dois dormirem. Tá certo que éramos cinco, mas isso era só um pequeno detalhe.

Depois dos caras escovarem os dentes (pois é, tem até um lavabo dentro do furgão), lavarem o rosto e a cabeça, no melhor estilo banho de gato pudemos seguir viagem, que foi bem tranquila pelo menos para mim que dormi durante todo o percurso e acordei na capital tcheca.

Já havia passado de meio dia, então só teríamos algumas horas da tarde para dar uma volta pela cidade. Desse tempo disponível perdemos bastante atrás de alguma casa de câmbio para que o pessoal pudesse trocar os euros pelas estalecas tchecas. Só a cargo de informação a conversão Euro/Coroa Tcheca é algo da ordem de 1 para 23. Pense num trabalho que dava para ficar convertendo o preço das coisas. Apesar de tudo, muitas coisas lá são mais baratas. Já que era assim então podíamos nos dar ao luxo de pelo menos trocar os fast foods por um restaurantezinho mais pomposo. Pude então apreciar algumas costelas de porco acompanhadas de um cervejinha tcheca. Por sinal, todas as cervejas tchecas que eu provei eram muito boas.



E assim rapidinho o tempo passou e já estava na hora de realizar mais um pub crawl. Antes disso ainda voltei para o estacionamento onde nosso furgão estava para dar aquela calibrada no desodorante e no perfume e escovar os dentes. Em alguns segundos eu estava novo, hehe.

Mas no ponto de partida do pub crawl iniciou-se uma discussão sobre se realmente iríamos participar do evento ou não. Alguns achavam que valia a pena, outros estavam pensando que não havia muita gente e que podíamos usar o dinheiro do pub crawl para beber em outros lugares, já que a bebida não era tão cara assim. Acabamos optando apenas por seguir o grupo do pub crawl em sua peregrinação através dos bares. Uma cervejinha aqui, um rum com coca ali, um, dois, três bares, e no fim estávamos numa boate de nome complicadíssimo e que é dita ser a maior do leste europeu. E eu não duvido. Eram cinco andares, cada um com dois ambientes, cada um tocando um tipo de música diferente e todos lotados. A partir daí era cada um por si. Quem quiser que fosse para o local que lhe agradasse mais. E no final da noite todos deveriam se encontrar num determinado ponto.

Só que como sempre alguém não cumpre com o combinado (preciso diser que foi o argentino?) voltamos para o furgão eu, Rominho e o espanhol Marcos. Christoph foi outro que sumiu sem dar notícias. Eu preferi voltar logo para garantir meu lugar no carro. Acabei dormindo na parte de cima num local apertadinho e nem um pouco recomendado para clautrofóbicos, mas se é de graça tá valendo.

Acordamos no dia seguinte (tarde obviamente), Damian e Christoph haviam voltado. Damian contando para nós suas histórias de quem perde a noção do que estava fazendo e acaba em situações inusitadas e Chirstoph mostrando algumas fotos da cidade que ele havia tirado de manhã quando estava voltando para o carro. Ainda tivemos tempo de passear mais um pouco antes que a chuva acabasse de vez com o nosso ânimo e só nos deixasse com a alternativa de fazer mais uma refeição e então pegar a estrada para Braunschweig. Cerca de seis horas depois estávamos em nosso destino. É fácil saber qual foi a primeira coisa que fiz ao chegar em casa. Um banho urgente!!!

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Kings of Leon & Incubus

Como eu disse, lá estava eu novamente em Braunschweig. Não tenho muitas recordações sobre este período que durou mais ou menos uma semana. Não há registro de fotos nem de viagens desses dias, excetuando-se algumas fotos tiradas numa noite onde reunimos a turma toda para passar a madrugada jogando CS (quem por acaso não conhecer digite no google Counter Strike que vai descobrir do que se trata e vai perceber logo que nem vale a pena perder tempo com esse lixo, hehe). Tirando isso com certeza rolou alguma farra em algum canto da cidade. O fato é que eu já estava na contagem regressiva para que chegasse a terça feira e eu pudesse ir novamente a Berlin para conferir o show de Kings of Leon.

O local escolhido para o show foi o Waldbühne, que pode ser conferido abaixo (sempre me esqueci de postar algumas fotos dos lugares que fui, pretendo começar a fazer isso a partir de agora) e eu cheguei meio que em cima da hora do show (de acordo com o horário do ingresso) e acabei ficando na parte mais baixa do anel superior da plateia. Se por um lado eu fiquei longe pra caramba e os músicos da banda ficaram do tamanho de formigas pelo menos o desnível entre cada fileira permitia uma visão perfeita do palco. O terceiro show da turne para mim foi o menos animado. Talvez pelo fato de eu ter ficado meio longe, mas principalmente porque apesar de conhecer várias músicas eu não conhecia a letra de muitas delas, e eu gosto não só de ouvir, mas de cantar junto. De toda forma também foi uma excelente apresentação.



Três dias depois, era hora de visitar Berlin mais uma vez. Surgira um show de última hora que eu também não poderia perder. A banda da vez era Incubus. No fim de maio os caras anunciaram no site deles que estavam iniciando uma turnê para o lançamento de um novo álbum e uma das primeiras paradas seria na capital alemã. Sem perder tempo fiquei só esperando iniciarem as vendas dos ingressos e tratei de garantir o meu. Desta vez eu teria a companhia de dois amigos de Braunschweig, Marcell e Gobbi. E também poucos minutos antes de sair de Braunschweig com eles, acabei marcando uma viagem rápida para Praga no sábado e no domingo. Pegaria um trem de madrugada com destino a Dresden, onde eu me encontraria com Rominho e alguns amigos estrangeiros, entre eles o sempre viadão argentino Damian.

Chegando no local do show de Incubus, percebemos logo do lado de fora que o ambiente era pequeno. Poucos ingressos haviam sido colocados a venda. Talvez uns três mil no máximo. No final das contas foi perfeito. Ficamos bem próximos ao palco, sem muita gente alta na nossa frente para atrapalhar (exceto um maluco que queria a todo custo pular o máximo, mesmo nas músicas mais calmas). Tirando esse pequeno detalhe todo o resto foi fantástico. Um show de qualidade inversamente proporcional ao tamanho do local que fez com que noventa minutos se passassem voando.

E com o show terminado por volta de meia noite e algumas horas de diferença entre o horário atual e o da partida do meu trem para Dresden eu pude realizar uma de minhas atividades favoritas que era passar o tempo na Hauptbahnhof esperando a hora do trem sair enquanto tento dormir um pouco sentado em um banco desconfortável.

Mas como o tempo passa, por mais devagar que seja, finalmente chegou a hora de ir e eu pelo menos pude ser recompensado com uma cabine vazia com espaço suficiente para eu me deitar (podendo até esticar as pernas). Aí sim as horas passaram rápido. Num instante eu estava em Dresden e precisava me levantar e sair do trem para procurar meus companheiros de viagem.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Euro Reise: Copenhagen

Pois é, quase um mês se passou desde minha última postagem. A razão é simples, muitas viagens durante esse período. E aqui vou eu mais uma vez falar de outras viagens.

Voltando no tempo em dois meses, eu me encontro saindo de Berlin, parada rápida em Braunschweig só pra tomar um banho, comer algo, arrumar de novo a bagagem e lá vou eu pegar mais um trem para Hamburgo. Nesse história de Hamburgo/Braunschweig pra cá, Braunschweig/Hamburgo pra lá e mais viagem pra não sei aonde acabei passando horas e mais horas dentro de trens, mas muitas horas mesmo. Sem falar nas horas passadas nas estações esperando por esses trens e das horas em aeroportos esperando voos.

Mas para poder viajar tem que ser assim mesmo, então lá fui eu encarar mais cinco horas de trem de Hamburgo para conseguir chegar em Copenhagen. Cansado como estava tentei dormir um pouco, aquele sono torto que só serve para evitar que os olhos passem o dia todo coçando e as pálpebras pesadas. Mas eis que meu belo sono foi interrompido quando o trem para e o pessoal começa a se levantar, eu olho pela janela e vejo uma parede, todo mundo saindo sem levar as malas e eu pensando que fosse algum tipo de alfândega. Depois finalmente percebo que o trem está dentro de um navio atravessando o Ostsee (também conhecido como Mar Báltico) num trechinho entre a Alemanha e a Dinamarca. Pois é, com o sol brilhando, o vento frio vindo com toda a força e até uma gaivota que acompanhou o navio durante toda a travessia apenas planando, sem sequer bater as asas eu estava enfim na Dinamarca. Hora de voltar para o trem e continuar mais algumas horinhas de viagem.

Chegando na capital dinamarquesa, Rodolfo e Marina já estavam à minha espera. Seria muito provavelmente nossa última viagem juntos. Tiramos o resto do dia para passear pela cidade, tirar fotos e pá e pei e etc, o velho esquema de sempre. De noite acabou chovendo bastante e estragando nossa programação noturna que também nem seria lá essas coisas porque era uma segunda feira. Acabou que eu me diverti bastante jogando sinuca na área de lazer do albergue.

A chuva deu uma aliviada no dia seguinte e as programações principais incluiram uma visita a uma comunidade chamada Christiania, uma comunidade independente localizada dentro mesmo de Copenhagen criada lá pela década de 70 por alguns hippies. Um lugar realmente único para ser visitado. Lá dentro não era permitido tirar qualquer tipo de foto, mas podíamos passear pelo local sem problemas. É um lugar bem interessante cuja visita é obrigatória para qualquer turista. Quem quiser saber um pouco mais sobre a comunidade pode dar uma pesquisana na internet.

A parada seguinte era a fábrica da Carlsberg, a cerveja mais famosa da Dinamarca. Fizemos um tour pela fábrica, ouvimos um pouco da história da cerveja, tudo em prol da degustação oferecida no final do passeio. Uma curiosidade sobre a cerveja era que no início a marca usava o símbolo da suástica, que segundo o folder que falava sobre o símbolo explicava que ele havia sido retirado do rótulo da cerveja nos anos quarenta após ter perdido o seu sentido original.

Depois da visita ainda tive tempo de caminhar um pouco mais pela cidade (acho que caminhei tanto quanto andei de trem). Depois disso era hora de encarar novamente as cinco horas de trem e aproveitar o tempinho dentro do navio que faria a travessia para a Alemanha. E lá estava eu de volta em Hamburgo. Alguns dias depois estava novamente em Braunschweig aproveitando com a turma e só esperando chegar os próximos shows.