tag:blogger.com,1999:blog-4187255526450309512024-03-12T17:02:58.214-07:00Intercâmbio Alemanha-EuropaVictorCabralhttp://www.blogger.com/profile/04300274648595141390noreply@blogger.comBlogger47125tag:blogger.com,1999:blog-418725552645030951.post-20546798005780369982012-05-05T17:32:00.001-07:002012-05-05T17:32:37.030-07:00A odisseia de DublinO dia começou normalmente, o mais tranquilo possível. Fui almoçar no Mensa com o pessoal, de lá voltei pro apartamento de Guilherme, fiquei deboando até considerar que já era tempo de arrumar minha mala. Mais uma vez eu tinha a difícil missão de colocar roupas em quantidade suficiente para durarem uma semana inteira sem fazer com que o volume da mochila estourasse as dimensões limitadas pela Ryanair. A solução pra resolver esse problema foi optar por uma única bermuda e duas camisas para serem usadas durante os três dias do festival. Afinal, se a galera passa 3, 4 dias acampando sem ao menos tomar um banho, não vejo problema nenhum em reutilizar a roupa suja.<br />
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Já havia decidido de que horas eu pegaria o trem para Bremen. Eu sairia de Braunschweig de 17:20, chegaria em Bremen de 19:40 e teria tempo suficiente para chegar até o aeroporto e embarcar às 21:55. E como eu tenho essa mania de fazer as coisas sempre em cima da hora, saí de casa às pressas, cronometrando os horários dos bondes para conseguir ainda parar na estação do centro da cidade para ir até o shopping e comprar um cartão de memória para a máquina fotográfica e voltar a tempo de pegar o próximo bonde para a estação. Nada como um pouco de tensão antes de embarcar, mas o sistema de transporte de Braunschweig nunca falha.<br />
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Pena não poder dizer o mesmo do sistema ferroviário nacional. Nas últimas semanas sempre estava rolando algum problema cuja razão eu desconhecia e acabava atrasando os trens que eu pegava. Pois é, eu não tinha me lembrado desse detalhe. Assim que cheguei na minha plataforma e olhei escada acima, vi o letreiro que anuncia o destino para o qual o trem parte com uma listra branca e uma mensagem se movendo na parte superior. Meu corpo inteiro gelou. Aquela listra só podia significar um atraso. Eu me aproximei do letreiro até conseguir enxergar o que a mensagem dizia, e a situação era pior do que eu pensava. Eram 50 minutos de atraso no trem. Logo em seguida anunciaram no auto falante que tinha chovido muito e alguns raios tinham danificado o trilho no meio do percurso de Braunschweig para Hannover. Resumindo: Fudeu!<br />
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Fui imediatamente para a máquina de tickets procurar quais outros trens eu podia pegar até Bremen, checar horários, etc, etc. A única opção que eu tinha era pegar um trem IC até Hannover e depois pegar um ICE para Bremen. O IC estava marcado para chegar às 17:50 e levaria meia hora até Hannover, e talvez se eu conversasse com os cobradores e explicasse o problema do outro trem que atrasou eu conseguisse usar meu passe de estudante e viajar sem pagar. Os minutos de espera foram agonizantes, terríveis. E a agonia aumentou depois que o relógio marcou 17:50 e nada do trem. Logo em seguida vinha o aviso de que o trem estava atrasado dez minutos. A angústia aumentava. Se ele atrasasse demais eu perderia o segundo trem.<br />
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Finalmente ele apareceu. E eu não era o único que queria pedir para viajar de graça. Um monte de gente avançou em cima dos funcionários do trem reclamando e eles acabaram liberando todo mundo para pegar o IC. E eu passei meia hora num dos corredores do vagão inquieto, me perguntando por que aquilo tudo estava acontecendo comigo, o que eu havia feito de mal ao mundo para merecer isso.<br />
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Cheguei em Hannover e corri para a plataforma do trem seguinte. Mais um atraso. Dessa vez foram uns cinco minutos, mas também foi um atraso. Embarquei e fui atrás do primeiro funcionário para comprar com ele um bilhete para Bremen. Tive que desembolsar 25 euros porque estava viajando de ICE, mas contanto que eu pegasse meu voo eu teria pago o preço que fosse. Agora só me restava esperar até o trem chegar em Bremen. Uma vez ele tendo saído da estação, só uma catástrofe para fazer o trem parar no meio do caminho.<br />
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Agora eu poderia me sentar numa cadeira confortável, mas a tensão era tão grande que eu me tremia. O coração pulsava acelerado e eu estava me sentindo quase enjoado de tão nervoso, mas eu precisava relaxar a todo custo, pois não havia mais nada que eu poderia fazer no momento. Liguei meu tocador de música e passei o resto da viagem olhando pela janela enquanto tentava não imaginar o que poderia acontecer se eu perdesse meu voo. Eu apenas perderia uma viagem para Dublin e o festival mais fodástico da minha vida, isso sem falar no dinheiro que já havia sido gasto nas passagens e no ingresso.<br />
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Cheguei em Bremen por volta das nove horas, quando deveria ter chegado às 19:40. O meu voo partia em míseros 55 minutos. Eu não podia perder tempo. Saí da estação correndo para o ponto de parada dos bondes. E mais uma decepção. O bonde que fazia a rota para o aeroporto a cada 20 minutos tinha partido quatro minutos antes. Ou seja, eu teria que esperar mais 16 minutos e outros 17 para chegar até o aeroporto. Se o trem não tivesse saído com atraso de Hannover eu teria pego o bonde na hora.<br />
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Não sei se as pessoas que passavam por mim percebiam alguma coisa, mas eu estava quase enlouquecendo. Andava de um lado para o outro me amaldiçoando, pensando como alguém podia ser tão zicado, começar o dia da melhor maneira possível e de repente ver tudo desabando à sua frente. Voltei a rezar, rezar como estava fazendo desde o trem de Hannover para Braunschweig. Rezei para tudo que existe. Para Deus, Alá, Buda, Odin, os deuses egípcios, dos índios, dos incas, para qualquer entidade que tivesse o poder de controlar os eventos que eu não perdesse esse maldito avião. Eu não merecia passar por isso. Eu havia planejado embarcar num trem que me faria chegar no aeroporto com duas horas de antecedência e agora estava ali esperando uma droga de um bonde faltando quase meia hora para o avião decolar. Eu podia ter pego um táxi. Não creio que o trânsito seria grande o suficiente para fazer com que o táxi fizesse o trajeto do bonde com uma diferença maior que 16 minutos. Mas eu estava numa situação que não conseguia pensar em nada. Só rezar. A contagem regressiva para a chegada do bonde durou uma eternidade até ele finalmente aparecer. Então mais uma vez eu me sentei para não ficar parecendo um maluco andando de um lado para o outro do bonde, abracei minha mochila e rezei para que tudo desse certo.<br />
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E assim, por volta de 21:40 o bonde parou em frente do aeroporto, a porta se abriu e eu disparei para a área de embarque. Ao chegar no local desejado, encontrei a fila de pessoas já no portão de embarque cheia de gente. Estava ficando mais aliviado. Quando entreguei minha passagem e meu passaporte para um dos funcionário do aeroporto e ele disse para eu me acalmar porque ainda não tinham começado o embarque, eu respirei aliviado. Eu havia conseguido. Não havia perdido o voo. Agora tudo o que eu queria era chegar em Dublin o mais rápido possível.<br />
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Só que não havia voos diretos de Bremen para Dublin. Eu ia primeiro para Londres e passaria a noite no outro aeroporto para embarcar de manhã para Dublin. O aeroporto de Londres estava lotado. Não havia um único assento disponível. Um monte de gente estava espalhada pelo chão do aeroporto. Os mochileiros de plantão tinham seus sacos de dormir para dar uma leve sensação de conforto. Eu encontrei um lugarzinho pra mim e tive que me contentar com o casaco que eu tinha para aliviar um pouco a dureza e a frieza do chão. Eu teria algumas poucas horas para dormir até que os balcões de check in fossem abertos de manhã cedo. Meu medo de perder o voo era tanto que eu cheguei a escrever num papel que se por acaso alguém passasse por mim depois das cinco da manhã e visse que eu ainda estava dormindo que tivesse a bondade de me acordar. Não queria correr o menor risco possível de perder esse voo. Mas meu nervosismo ainda era tão grande que eu mal consegui tirar um cochilo.<br />
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Então de cinco da manhã eu me levantei meio quebrado. Arrastei minha mochila, agora no modo com rodas ativado para que eu não precisasse ficar carregando ela, executei todos os procedimentos no aeroporto, cheguei tranquilo no meu portão e embarquei.<br />
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Finalmente, depois de passar pelas doze horas mais agonizantes de toda a minha vida, eu estava enfim em Dublin. Tudo havia acabado bem.VictorCabralhttp://www.blogger.com/profile/04300274648595141390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-418725552645030951.post-45604923512151651292012-05-01T22:48:00.002-07:002012-05-01T22:48:33.837-07:00Um merecido descanso em BraunschweigEntão mais um mês de intercâmbio estava chegando ao fim. junho estava se despedindo, mas havia trazido com ele o verão, ótimas viagens e shows fantásticos. E julho prometia ser um mês ainda mais intenso.<br />
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Se tem uma coisa que é tão boa quanto viajar é planejar a viagem. O intercâmbio já estava na reta final. Em um mês e meio eu voltaria para minha querida cidade natal, e então era hora de me programar para visitar os locais que eu ainda estava interessado em ir. Com o período e o roteiro da viagem com os meus pais já definida, além das datas do Oxegen Festival na Irlanda e um show de Bon Jovi em Düsseldorf, eu precisava me organizar para que cada um destes eventos se interligasse de maneira perfeita.<br />
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E assim, depois de muitas pesquisas, eu finalmente conclui todo o planejamento da minha última viagem, que começaria no dia 7 de julho e se encerraria no dia 30. Tudo cuidadosamente preparado como vocês podem conferir a seguir:<br />
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Dia 6 - Saída de Braunschweig durante a tarde, pegar um trem para Bremen, pernoitar na Hauptbahnhof e seguir para o aeroporto.<br />
Dia 7 - Chegada de manhã em Dublin, me encontrar com Rodrigo e Maria e turistar com eles pela cidade.<br />
Dias 8/9/10 - Oxegen Festival.<br />
Dia 11 - Mais um dia de turistagem em Dublin.<br />
Dia 12 - Pegar um voo de Dublin para Bruxelas, turistar em Bruxelas.<br />
Dia 13 - Pegar um trem de Bruxelas para Düsseldorf, ver o show de Bon Jovi, pernoitar na cidade.<br />
Dia 14 - Pegar um trem de Düsseldorf para Braunschweig, arrumar minha mala, relaxar um pouco, dormir.<br />
Dia 15 - Acordar cedo para pegar um trem até Munique, me encontrar com meus pais e turistar em Munique.<br />
Dia 16 - Turistar em Munique.<br />
Dia 17 - Turistar em Munique, alugar um carro e dirigir até Füssen/Schwangau.<br />
Dia 18 - Visitar os castelos alemães e turistar pelas cidadezinhas.<br />
Dia 19 - Seguir de carro até Konstanz e turistar por lá.<br />
Dia 20 - Pegar um trem para Stuttgart e turistar mais um pouco.<br />
Dia 21 - Turistar em Stuttgart.<br />
Dia 22 - Pegar um trem para Paris e turistar por lá até o dia 25.<br />
Dia 25 - Pegar um voo de Paris para Bratislava.<br />
Dia 26 - Turistar em Bratislava.<br />
Dia 27 - Pegar um trem de Bratislava para Viena e turistar em Viena.<br />
Dia 28 - Pegar um trem de Viena para Munique, visitar minha amiga Camilla e fazer uma farra durante a tarde e a noite e pernoitar na Hauptbahnhof.<br />
Dia 29 - Pegar um trem para Berlin, me encontrar com meu amigo Assis e seus colegas, e acompanhá-los na turistagem pela cidade.<br />
Dia 30 - Enfim, pegar um trem de volta para Braunschweig.<br />
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Nada mau não é? Mas ainda vai haver muito tempo para essas histórias serem contadas, pois naquele momento eu estava em Braunschweig e tinha uma semana para relaxar ao máximo.<br />
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E assim a semana seguiu. Uma ida no boliche, uma ida num clube para nadar um pouco, umas cervejinhas e um churrasquinho no parque com a galera (acho que foi mais ou menos nessa época que nosso estoque de mais de vinte grades de cerveja que estavam no quarto de Poli e Guilherme desde a festa brasileira no final de abril finalmente acabou). Posso garantir com absoluta certeza que por causa dessa festa a cerveja que eu mais consumi na Alemanha se chama Hasseröder. Nesse período eu passei um tempo como convidado no quarto de Rominho e no quarto de Poli e Gui, então eu tive que compensar o incômodo preparando o jantar e lavando a louça da galera de vez em quando. A turma tomou gosto pela cozinha do apartamento dos dois. Quase toda noite tinha gente esperando pra filar o jantarzinho que era preparado lá.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-Z-JU0a9rWvw/T6DJtBxsyxI/AAAAAAAAAD0/14WCXj0KP_I/s1600/ibiza+e+etc+016.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://3.bp.blogspot.com/-Z-JU0a9rWvw/T6DJtBxsyxI/AAAAAAAAAD0/14WCXj0KP_I/s320/ibiza+e+etc+016.JPG" width="320" /></a></div>
<i><span style="font-size: x-small;"> Uma tarde no parque com direito a um churrasco alemão e algumas cervejas Hasseröder na companhia de Alex, Barretão e do Meninão.</span></i><br />
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Uma das noites dessa semana acabou ficando marcada quando Kássio adentrou o quartel general dos brasileiros, vulgo quarto 40609 de Poli e Gui, erguendo seu pen drive como se fosse um troféu e dizendo que ali dentro estavam todos os arquivos necessários para a instalação do jogo Counter Strike. Nos instantes que se sucederem todos estavam indo para suas casas para trazer seus notebooks e instalar o jogo. O resultado final desta brincadeira foram algumas tardes e noites desperdiçadas na frente do computador por causa de um joguinho de tiro que todo mundo jogava quando tinha entre seus 10 a 15 anos de idade e eu só havia jogado umas três ou quatro vezes na vida. Obviamente então eu fui o maior fregue de todas as noites. Sempre era o que mais morria e o que menos matava. No auge da nossa jogatina chegamos a reunir dez pessoas conectadas ao mesmo servidor, estando todas elas confortavelmente instaladas no quartel e jogamos por horas e mais horas noite adentro.
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-NUzEEFyd_fY/T6DKC7NZBcI/AAAAAAAAAD8/CkX1mAY57fQ/s1600/despedidas+038.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://4.bp.blogspot.com/-NUzEEFyd_fY/T6DKC7NZBcI/AAAAAAAAAD8/CkX1mAY57fQ/s320/despedidas+038.JPG" width="320" /></a></div>
<i><span style="font-size: x-small;">O time formado por Kássio, Rodrigo e eu tentando derrotar nossos adversários que se encontravam no quarto ao lado, numa das inúmeras partidas de CS que jogamos durante essa semana.</span></i><br />
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Nessa rotina de acordar a qualquer hora, ir almoçar no Mensa, passar a tarde planejando minha viagem, escrever no blog, jogar counter strike, dar uma volta de bicicleta pela cidade, jantar, saír pra tomar uma cerveja num bar, ir pra uma festa numa boate e etc, a semana passou rapidamente.<br />
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E então chegou a noite de terça. Noite de Jolly Joker. Só que a galera não estava muito animada para ir pra lá, apenas Marcell, e eu acabei não me empolgando também e resolvi ficar em casa. Alguém tinha baixado mais um filme pra gente assistir. Um filme chamado Tron. Só que o filme era tão tosco que depois de uma meia hora eu comecei a considerar a possibilidade de ir para a Joker. Liguei para Marcell que me disse que a casa estava cheia de gente e que estava muito legal por lá. Não tive dúvida. Troquei de roupa rapidinho e corri para a parada de ônibus para pegar o último busão da noite.<br />
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E dentre todas as decisões que eu tive que fazer durante o período de intercâmbio, sem dúvida essa de não continuar assistindo o filme e ir para a Jolly Joker, a boate favorita da galera de Braunschweig.<br />
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Só que se por um lado não havia como a noite ter terminado melhor, o dia que tinha tudo para ser maravilhoso acabou por me trazer uma série de acontecimentos que me levou a um dos maiores níveis de desespero que eu pude experimentar durante toda a minha vida. Mas essa história merece um capítulo só para ela.VictorCabralhttp://www.blogger.com/profile/04300274648595141390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-418725552645030951.post-82665986768379911272012-04-08T20:53:00.000-07:002012-04-08T20:53:13.860-07:00Euro Reise - Estocolmo IIPois bem, continuando os relatos de Estocolmo, no dia seguinte a turma já estava indo embora. Quem mandou eu atrasar em um dia a chegada. Acabei ficando pouco tempo com eles. Mas Rominho ia voltar para Braunschweig comigo, então tivemos um dia para turistar pela cidade. Dessa vez sem free tours ou pub crawls.<br />
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Mas eu pude economizar algumas estalecas suecas pegando a passagem de ônibus de turismo da turma, pois eles haviam comprado um tíquete que valia por três dias. Assim dava pra rodar pelos pontos mais interessantes da cidade sem precisar gastar horas e energia caminhando.<br />
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A primeira parada do dia acabou sendo num museu que foi construído para abrigar um navio de guerra sueco do século XVII, o Vasa. Tal qual o Titanic esse navio afundou em sua primeira viagem, só que o caso dele foi ainda pior, pois ele afundou na própria baía de onde havia saído. Na metade o século passado o navio foi localizado no fundo da baía praticamente intacto. Foi feito então um dos maiores resgates náuticos da história. Assim o museu conta toda a história do navio, de como foi que ocorreu seu naufrágio e como foi o processo de resgate e restauração do mesmo. Além disso o museu fala sobre a história de como era a Suécia no século XVII. Um lugar que realmente vale a pena visitar.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-OiWn5x0KPRI/T4JacS5rz2I/AAAAAAAAADc/I0m-D3BUuWA/s1600/um+moi+de+foto+543.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://4.bp.blogspot.com/-OiWn5x0KPRI/T4JacS5rz2I/AAAAAAAAADc/I0m-D3BUuWA/s320/um+moi+de+foto+543.JPG" width="320" /></a></div><br />
Ao longo do dia ainda visitamos mais alguns museus menores, como um museu de artes naturais, um pequeno oceanário, passeamos pelo centro onde eu pude comprar meus souvenires (mais um copinho pra minha coleção, hehe). O dia estava muito bonito, com o sol de verão brilhando intensamente e a temperatura bem agradável. Depois fomos para a estação rodoviária para que Rominho pudesse ficar descansando um pouco enquanto eu passava mais umas duas horas passeando pela cidade e aproveitando pra tirar mais algumas fotos. Estocolmo é uma cidade que vale a pena explorar por uns três dias, principalmente no verão.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-9ijcRPr1eOk/T4Jco6mapCI/AAAAAAAAADk/lWjAGQFTCAE/s1600/um+moi+de+foto+575.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://1.bp.blogspot.com/-9ijcRPr1eOk/T4Jco6mapCI/AAAAAAAAADk/lWjAGQFTCAE/s320/um+moi+de+foto+575.JPG" width="320" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-81gRTRgL_j0/T4Jc_c06__I/AAAAAAAAADs/hu2qqPDfy4Q/s1600/um+moi+de+foto+581.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://3.bp.blogspot.com/-81gRTRgL_j0/T4Jc_c06__I/AAAAAAAAADs/hu2qqPDfy4Q/s320/um+moi+de+foto+581.JPG" width="320" /></a></div><br />
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Depois do passeio me reencontrei com Rominho na estação, aguardamos a saída do nosso ônibus que levaria quase duas horas para chegar até o aeroporto, onde viraríamos mais uma noite esperando o voo da Ryanair que sairia de manhã cedo. Nada como mais uma noite mal dormida num aeroporto. Mas pelo menos dessa vez eu não havia perdido o voo.<br />
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No dia seguinte estávamos de volta a Bremen, de onde pegaríamos mais um trem para Braunschweig. Eu agora estava disposto a descansar um pouco por lá. Depois dos apuros pelos quais em passei em Edimburgo, voltar a Braunschweig não podia ser mais prazeroso.VictorCabralhttp://www.blogger.com/profile/04300274648595141390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-418725552645030951.post-89722089128187982582012-03-21T21:55:00.000-07:002012-03-21T21:55:57.873-07:00Euro Reise - EstocolmoPois bem, após todos os infortúnios estava eu finalmente dentro do avião certo, no horário certo, pronto para partir e chegar em Estocolmo com um dia de atraso. Ao chegar no aeroporto, a primeira coisa a fazer era sacar dinheiro, pois eu precisava das estalecas suecas. Uma euro parece-me que era algo em torno de treze estalecas suecas. E como eu estava na Escandinávia, o precinho dos serviços por lá não era dos mais baratos não. Mas o que são algumas centenas de estalecas pra quem já havia gasto 120 libras que não estavam na lista de despesas não é?<br />
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Como a nossa querida Ryanair gosta de operar em aeroportos de locais inóspitos eu tive que pegar um busão que levava cerca de uma hora e meia até chegar na cidade propriamente dita. Depois de me cansar de observar as paisagens daquele novo lugar da janela do meu ônibus, eu finalmente cheguei no centro da cidade, e com certa dificuldade, consegui encontrar meus queridos amigos. Estávamos enfim (quase) todos reunidos naquela que deveria ser a nossa última viagem num grupo grande. Na comitiva brasileira estavam presentes Rominho, Gui, Barretão, Alex, Barata. No momento não recordo se Rodrigo estava também.<br />
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Eu havia me comunicado com eles enquanto estava no aeroporto de Edimburgo pra explicar o que havia acontecido comigo, e eles comentaram que a cidade estava miada pra caramba. A explicação é que o fim de semana que havíamos escolhido para viajar era um grande feriado na Suécia, para comemorar o início do verão chamado de Mittsommerfest. Pesquisas feitas por meus amigos na internet relatavam grandes festas na cidade, mas quando eles chegaram lá foram informados pelo recepcionista do albergue que o fim de semana escolhido para a prática do "nosso tipo de turismo" era um dos piores, pois a turma aproveitava esse feriado para viajar para o interior do país. Resultado: A turma teve que se contentar com o turismo convencional, haha.<br />
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A primeira programação após a minha chegada foi visitar o mundialmente famoso Ice Bar de Estocolmo. Alex, como sempre prestativo, havia reservado um horário para nós nesse bar. Tínhamos direito a tomar uma dose de algum drink especial com a vodka mais querida da Suécia, Absolut e a permanecer por 45 minutos num ambiente a 5 graus negativos trajando um casaquinho simplório. Nada demais para quem havia enfrentado o inverno alemão. Abaixo podemos conferir Alex se divertindo bastante no bar.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-PgsR0crjgpU/T2qtm8ySRSI/AAAAAAAAADE/r3jteYw0otI/s1600/um+moi+de+foto+507.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://1.bp.blogspot.com/-PgsR0crjgpU/T2qtm8ySRSI/AAAAAAAAADE/r3jteYw0otI/s320/um+moi+de+foto+507.JPG" width="320" /></a></div><br />
O curioso dos drinks é que eles eram servidos em cubos de gelo com um buraco no meio para servir de copo. Algo turisticamente fodástico, hehe. Pena que não podíamos levar o copo pra casa (razões óbvias não é?). Engraçado também é que aqueles que que eram mais narigudos acabaram criando uma pequena curvatura na ponta de seus copos quando encostavam o nariz neles para beber.<br />
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Durante a noite saímos pela cidade para tentar encontrar algum lugar movimentado que pudesse admitir uma trupe de brasileiros ávidos por uma farra. Como era um domingo e muitos nativos estavam no interior do país, acabamos não encontrando nenhuma opção interessante, compramos algumas cervejas numa loja de conveniência (detalhe: as cervejas na Suécia têm uma graduação alcoólica menor do que nos outros países) e passamos uma boa parte da noite na frente de uma baía, jogando conversa fora e observando o céu que permaneceu com um tom azul escuro durante a madrugada. Céu azul a noite toda, nunca preto, algo realmente maravilhoso de se ver. Agora era assim porque estávamos praticamente no solstício de verão. Imagina a tensão que é no solstício de inverno. O sol que no verão deve começar a nascer umas três da manhã, no inverno se pondo umas três da tarde. Abaixo tem duas fotos para provar o que eu disse. Detalhe para a segunda foto com um relógio marcando 2:45 da manhã.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-yf8oP19zMkU/T2qwFJTOlQI/AAAAAAAAADM/psPVqFsRqsY/s1600/um+moi+de+foto+520.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://2.bp.blogspot.com/-yf8oP19zMkU/T2qwFJTOlQI/AAAAAAAAADM/psPVqFsRqsY/s320/um+moi+de+foto+520.JPG" width="320" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-BgWMm8O-wMc/T2qwbJmiMWI/AAAAAAAAADU/QfJUl-T2KIA/s1600/um+moi+de+foto+527.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-BgWMm8O-wMc/T2qwbJmiMWI/AAAAAAAAADU/QfJUl-T2KIA/s320/um+moi+de+foto+527.JPG" width="240" /></a></div><br />
Ainda há histórias para se contar sobre o dia seguinte. Mas considerando que eu já deveria estar dormindo, vou ficar por aqui e dar continuidade a história num outro dia. Abraços.VictorCabralhttp://www.blogger.com/profile/04300274648595141390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-418725552645030951.post-76994547614615946192012-03-12T18:28:00.000-07:002012-03-12T18:28:12.211-07:00Um dia no aeroportoPois bem, eu havia chegado de madrugada no aeroporto de Edimburgo, com horas de antecedência para o meu voo, e pensava que a única coisa que poderia me atrapalhar seria se eu acabasse dormindo além da conta. Considerando a falta de conforto do meu local de repouso e a preocupação em não perder a hora, dá para imaginar que eu não consegui dormir muito bem.<br />
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Mas como eu já estava bem acostumado a dormir em estações, aeroportos, trens e aviões eu teria bastante tempo para compensar essas horas mal dormidas num outro momento. O dia estava começando e o aeroporto já estava bem movimentado nas primeiras horas do dia. Como não havia razão para ficar perambulando pelo aeroporto sem rumo, fui logo me dirigir à área de embarque, pois meu voo não demoraria muito a sair. Mostrei a minha passagem, coloquei minha bolsa na esteira da inspeção de bagagens, peguei ela de volta e me encaminhei para meu portão de embarque, onde algumas pessoas já se encontravam na fila para entrarem no avião.<br />
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Eis que quando chega a minha vez, a minha tranquilidade recebe um tapa na cara, uma rasteira e uma cusparada. A comissária me informa que como eu não era cidadão da União Europeia eu precisava de um carimbo que deveria ter sido feito no balcão do check in. Sem esse carimbo eu não poderia embarcar. O detalhe é que faltavam cerca de trinta minutos para o avião decolar. Eu não conseguiria pegar esse carimbo a tempo. Implorei para a mulher de todas as formas dizendo que perderia o voo se fosse pegar o carimbo mas não teve jeito. E como o tempo estava passando não tive outra escolha senão tentar arrumar o maldito carimbo.<br />
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E nessas horas a Lei de Murphy é implacável. É claro que o meu voo tinha que sair do portão mais distante possível da saída da área de desembarque. Comecei a correr pelo aeroporto com minha mochila pesada nas costas, passando feito um raio por todo mundo até conseguir chegar no balcão. E aí precisei apelar para a boa vontade das pessoas para passar na frente de todos na fila e carimbar minha passagem. Feito isso fui novamente para a área de embarque. Murphy atacou de novo. A minha entrada não foi aceita porque a passagem já havia sido escaneada da outra vez. Voltei mais uma vez para o check in, consegui imprimir outra passagem. Consegui passar pela área de embarque. E aí a maldita segurança aeroportuária britânica apareceu para me atrapalhar mais ainda. Minha bolsa que na primeira vez passou sem problema desta vez foi contemplada com uma revista minuciosa. O segurança abriu ela e inspecionou cada centímetro dela com toda a calma do mundo, sem nem sequer notar o quanto eu estava agoniado. Finalmente minha bagagem foi liberada e eu tive que retomar a minha corrida pelo terminal. Minhas pernas doíam, o pouco ar que eu conseguia respirar entrava queimando a garganta e eu cheguei ao meu portão de embarque já quase sem forças para encontrá-lo fechado. Ainda usei o pouco de fôlego que me sobrava para pedir às funcionárias que abrissem o portão, mas meu pedido foi negado. Fim de história. Eu havia perdido meu voo.<br />
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Sozinho no portão de embarque, com minha bolsa chutada para aliviar uma parte da minha raiva jogada no chão eu me sentei para ao menos recuperar o fôlego. Ainda bem que eu estava muito cansado porque senão era capaz de eu ter feito alguma besteira e complicado ainda mais a minha situação por lá. Depois do descanso era hora de colocar a cabeça no lugar e resolver como eu faria para pegar outro voo.<br />
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Caminhando agora sem a menor pressa pelo aeroporto, fui garimpando informações até chegar num dos balcões de serviço da Ryanair onde a funcionária me informou quais eram os voos disponíveis. Para Bremen só havia voo na segunda, mas para Estocolmo pelo menos sairia um no domingo de manhã. Eu ainda podia me encontrar com meus amigos e voltar de lá para a Alemanha tranquilo.<br />
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Resultado final das atuações de Murphy: Cento e vinte libras por uma passagem para Estocolmo e mais vinte e quatro horas de espera no aeroporto. Meio que para me flagelar pelo que aconteceu eu passei o resto do dia me alimentando à base de água e biscoito, munido apenas de uma revista de palavras cruzadas em inglês (que era bem mais difícil de resolver do que eu imaginava). Assim esperei o tempo passar dentro do aeroporto, enquanto a uns quilômetros dali os escoceses e outros turistas se aglomeravam na Royal Mile para ver o Príncipe William e sua esposa que haviam acabado de chegar para visitar a cidade. Pelo menos desta vez pude arrumar uns assentos que não tinham braços, permitindo assim que eu pudesse me deitar esticado. Comecei a cochilar. Acordava e voltava a dormir. Repeti estas ações pelo menos umas cinco vezes até que os seguranças do aeroporto começaram a acordar os dorminhocos, pois o domingo já havia chegado. Mais algumas horas e eu poderia finalmente chegar em Estocolmo.VictorCabralhttp://www.blogger.com/profile/04300274648595141390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-418725552645030951.post-16626631139587342482012-03-08T20:03:00.000-08:002012-03-08T20:03:34.770-08:00Euro Reise - EdimburgoVou tentar cumprir a promessa que fiz a mim mesmo de conseguir terminar as histórias do intercâmbio. Quase deixei este blog morrer, mas não seria justo comigo mesmo simplesmente abandoná-lo sem concluir meus relatos. Então é hora de parar de enrolar e ir ao que interessa.<br />
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Pois bem, a última postagem foi sobre Praga, mas cronologicamente eu já relatei o que aconteceu no dia do meu aniversário, e depois de encerrar os festejos rumei para Edimburgo na companhia de Rominho.<br />
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Na chegada à cidade eu me impressionei logo com o fato dela ser diferente das demais que eu havia visitado. Nada desse clichê de um rio que corta a cidade, de um ponto central que concentra as atrações turísticas, dentre outras características. Edimburgo se destacava nesse ponto. Seu "centro" é chamado de Cidade Velha e é uma área localizada no alto de um morro, onde se encontra o castelo e várias outras construções centenárias, quiçá milenares.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-ubcfLlnyD-I/T1l1WO5AXHI/AAAAAAAAACc/XBcE01TBgv0/s1600/um+moi+de+foto+408.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://3.bp.blogspot.com/-ubcfLlnyD-I/T1l1WO5AXHI/AAAAAAAAACc/XBcE01TBgv0/s320/um+moi+de+foto+408.JPG" width="320" /></a></div><br />
Descendo o morro em direção ao mar fica a Cidade Nova, que começou a ser planejada depois que o centro começou a ficar pequeno.<br />
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Para começar o dia, a melhor opção era sem dúvida o famigerado free tour. Percorrendo as ruas e ladeiras da Cidade Velha, pudemos ouvir algumas histórias de escritores, algumas personalidades, histórias mais aterrorizantes e outras bem curiosas como a do cachorro Bobby, cuja lenda diz que após a morte do seu dono, passou a viver ao lado da sua tumba durante anos até o fim da sua vida, o que lhe garantiu até uma estátua bem fofinha numa das ruas da cidade.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-pzffQljEIhw/T1l2VX3AOAI/AAAAAAAAACk/ovfTx4960fI/s1600/um+moi+de+foto+483.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-pzffQljEIhw/T1l2VX3AOAI/AAAAAAAAACk/ovfTx4960fI/s320/um+moi+de+foto+483.JPG" width="240" /></a></div><br />
O guia nos apresentou também ao pub onde a autora da série Harry Potter começou a rabiscar as primeiras páginas de sua famosíssima história.<br />
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Ao final do tour, retorno ao albergue para um descanso (afinal a maratona de passar a madrugada na hauptbahnhof de Bremen, pra poder de lá seguir para o aeroporto e enfim chegar na cidade é algo deveras cansativo). Durante a noite, a opção não poderia ser outra. Um pub crawl. Uma noite a ser lembrada para sempre na minha vida, pois tive a oportunidade de provar o meu primeiro Scotch Whisky Single Malt em um pub escocês original. Pedi logo dois whiskys diferentes para saboreá-los. O resto da noite acabou regado a cerveja mesmo.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-ffW-RU2oyHI/T1l4-4NbwvI/AAAAAAAAACs/gDHPWjiFkfw/s1600/um+moi+de+foto+380.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://1.bp.blogspot.com/-ffW-RU2oyHI/T1l4-4NbwvI/AAAAAAAAACs/gDHPWjiFkfw/s320/um+moi+de+foto+380.JPG" width="320" /></a></div><br />
No dia seguinte, uma quinta feira, eu e Rominho nos aventuramos em um tour a dois pela cidade. Visitamos o Scott Monument, uma torre construida em homenagem ao escritor escocês Sir Walter Scott, de onde podíamos subir para ter uma visão panorâmica da cidade e poder apreciar o Castelo de um outro ângulo. Visitamos um morro cujo nome não me recordo (ainda tentei procurar alguma coisa no google, mas não encontrei) de onde pudemos ter mais uma vista legal da cidade e tirar fotos em algumas construções históricas. No fim da tarde ainda deu tempo de visitar o Palácio de Holyroodhouse, vulgo a residência oficial da Rainha quando ela vai pernoitar na cidade. De lá pegamos a Royal Mile em direção à cidade velha, parando a cada minuto para explorar as lojinhas de souvenires.<br />
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Durante a noite, acabamos repetindo a dose do Pub Crawl por não termos conseguido nenhuma informação de algum outro lugar que fornecesse entretenimento noturno. E o pub crawl é sempre uma ótima oportunidade pra conhecer uma turma legal e fazer uns brindes. Não posso esquecer de comentar o fato de estar entrando numa boate de onze e meia da noite com o céu ainda azul escuro e sair de lá perto das três da manhã com o céu mais claro do que quando eu havia entrado. Nada como estar em pleno solstício de verão.<br />
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De manhã cedo, na sexta, me despedi de Rominho que seguiria para o aeroporto para pegar um voo para Estocolmo e se encontrar com o resto da turma de Braunschweig. Como eu já estava planejando esta viagem antes do pessoal anunciar que queria ir para a Suécia, eu acebei resolvendo minha situação comprando uma passagem para ir no sábado. Portanto eu teria a sexta inteira para explorar a cidade sozinho.<br />
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A minha primeira parada não poderia ser em outro lugar, no Museu do Scotch Whisky. Antes de fazer o passeio eu me deixei levar pela loja com alguns exemplares maravilhosos como o Dalmore Candela, que custava a bagatela de 7.500 libras. Um lugar absolutamente fantástico.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-iFIJKL9ZI6g/T1l9oKJAiiI/AAAAAAAAAC0/x5zNBcY8c2c/s1600/um+moi+de+foto+368.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-iFIJKL9ZI6g/T1l9oKJAiiI/AAAAAAAAAC0/x5zNBcY8c2c/s320/um+moi+de+foto+368.JPG" width="240" /></a></div><br />
E então eu fiz um pequeno passeio num barril acompanhando um vídeo que mostrava o processo de fabricação do whisky. Depois eu e mais alguns turistas fomos para uma sala onde haveria uma pequena degustação. Um especialista nos contou sobre a história do whisky escocês, falando das quatro regiões da Escócia e das peculiaridades dos whiskies de cada região. Fiz a minha escolha pelo whisky de uma delas e me agradou bastante (até porque pra quem está acostumado com os whiskies 8 anos do Brasil, um single malt é a perfeição). Depois da degustação uma visita a uma enorme sala que possui a maior coleção de garrafas de whisky do mundo. E vejam só, ela pertencia a um brasileiro. Um sujeito chamado Claive Vidiz, que chegou a acumular mais de 3 mil garrafas. Sem dúvida eu virei fã dele.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div>Após este mágico passeio, não me restava mais muito o que ver na Cidade Velha. Decidi então descer o morro em direção ao mar para visitar o porto ou as docas. Foi uma caminhada deveras longa, mas recompensada por uma breve apresentação que os caças da força aérea escocesa estavam realizando. E claro, não podia faltar a foto com o gaitista escocês.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-YRk5FOZIwiY/T1mAHZauH5I/AAAAAAAAAC8/3R-cnHpOwIA/s1600/um+moi+de+foto+485.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://2.bp.blogspot.com/-YRk5FOZIwiY/T1mAHZauH5I/AAAAAAAAAC8/3R-cnHpOwIA/s320/um+moi+de+foto+485.JPG" width="320" /></a></div><br />
Comentário: essa gaita faz um barulho alto pra cacete!<br />
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Encerrei a viagem pegando a minha mochila e matando o tempo em um pub até umas onze da noite, quando peguei o ônibus para o aeroporto. Meu voo só partiria às seis e meia, portanto eu ia ter um tempinho para dormir nos "confortáveis" bancos do aeroporto e em breve estaria em Estocolmo com os meus amigos.<br />
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Mas alguns acontecimentos inesperados acabaram por mudar os meus planos...VictorCabralhttp://www.blogger.com/profile/04300274648595141390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-418725552645030951.post-40352913997945952382011-08-08T07:12:00.000-07:002011-08-08T07:12:05.913-07:00Euro Reise: PragaE assim, eu estava em Dresden. Um pouco cansado, é verdade, mas como eu teria muito tempo para dormir em Recife procurei buscar algumas energias dentro de mim para aguentar o fim de semana. <br />
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Liguei para e turma, me explicaram onde eles estavam. Falaram de uma praça e a rua que eles estavam ficava entre duas ruas que terminavam nesta praça. Quando cheguei na tal praça comecei a dar a volta nela olhando o nome de todas as ruas. Obviamente a praça era grande pra caramba, com várias ruas que partiam dela e eu vim encontrar a rua desejada depois de ter dado uma volta completa. Se tivesse começado a procurar no sentido contrário seria a primeira rua que eu encontraria.<br />
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Deixando esse pequeno azar de lado, daí pra frente foi bem fácil de achar os caras. E qual a minha surpresa quando vejo o furgão de Christoph estacionado na rua sem nenhuma casa que aparentasse ser uma pousada ou albergue por perto. Pois é, os danados estavam dormindo no furgão desde a quinta feira quando saíram de Braunschweig para viajar. E eu teria que entrar na roda também. Pelo menos o carro era "bem equipado" como vocês podem notar na foto abaixo.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-9T3D4lJYJhw/Tj_n1cru10I/AAAAAAAAACM/eBP_23b4RWQ/s1600/um+moi+de+foto+306.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" naa="true" src="http://2.bp.blogspot.com/-9T3D4lJYJhw/Tj_n1cru10I/AAAAAAAAACM/eBP_23b4RWQ/s320/um+moi+de+foto+306.JPG" width="240" /></a></div><br />
O banco atrás de Rominho e Damian virava uma cama e havia um compartimento na parte de cima do carro que a gente puxava e conseguia espaço para mais dois dormirem. Tá certo que éramos cinco, mas isso era só um pequeno detalhe.<br />
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Depois dos caras escovarem os dentes (pois é, tem até um lavabo dentro do furgão), lavarem o rosto e a cabeça, no melhor estilo banho de gato pudemos seguir viagem, que foi bem tranquila pelo menos para mim que dormi durante todo o percurso e acordei na capital tcheca.<br />
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Já havia passado de meio dia, então só teríamos algumas horas da tarde para dar uma volta pela cidade. Desse tempo disponível perdemos bastante atrás de alguma casa de câmbio para que o pessoal pudesse trocar os euros pelas estalecas tchecas. Só a cargo de informação a conversão Euro/Coroa Tcheca é algo da ordem de 1 para 23. Pense num trabalho que dava para ficar convertendo o preço das coisas. Apesar de tudo, muitas coisas lá são mais baratas. Já que era assim então podíamos nos dar ao luxo de pelo menos trocar os fast foods por um restaurantezinho mais pomposo. Pude então apreciar algumas costelas de porco acompanhadas de um cervejinha tcheca. Por sinal, todas as cervejas tchecas que eu provei eram muito boas.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-t98brOzdBu8/Tj_qs1Ym9PI/AAAAAAAAACQ/nt9rpI6vsa8/s1600/262058_1780644357523_1281851255_31575442_5745701_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" naa="true" src="http://2.bp.blogspot.com/-t98brOzdBu8/Tj_qs1Ym9PI/AAAAAAAAACQ/nt9rpI6vsa8/s320/262058_1780644357523_1281851255_31575442_5745701_n.jpg" width="240" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div align="left" class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div align="left">E assim rapidinho o tempo passou e já estava na hora de realizar mais um pub crawl. Antes disso ainda voltei para o estacionamento onde nosso furgão estava para dar aquela calibrada no desodorante e no perfume e escovar os dentes. Em alguns segundos eu estava novo, hehe.</div><div align="left"><br />
</div><div align="left">Mas no ponto de partida do pub crawl iniciou-se uma discussão sobre se realmente iríamos participar do evento ou não. Alguns achavam que valia a pena, outros estavam pensando que não havia muita gente e que podíamos usar o dinheiro do pub crawl para beber em outros lugares, já que a bebida não era tão cara assim. Acabamos optando apenas por seguir o grupo do pub crawl em sua peregrinação através dos bares. Uma cervejinha aqui, um rum com coca ali, um, dois, três bares, e no fim estávamos numa boate de nome complicadíssimo e que é dita ser a maior do leste europeu. E eu não duvido. Eram cinco andares, cada um com dois ambientes, cada um tocando um tipo de música diferente e todos lotados. A partir daí era cada um por si. Quem quiser que fosse para o local que lhe agradasse mais. E no final da noite todos deveriam se encontrar num determinado ponto.</div><div align="left"><br />
</div><div align="left">Só que como sempre alguém não cumpre com o combinado (preciso diser que foi o argentino?) voltamos para o furgão eu, Rominho e o espanhol Marcos. Christoph foi outro que sumiu sem dar notícias. Eu preferi voltar logo para garantir meu lugar no carro. Acabei dormindo na parte de cima num local apertadinho e nem um pouco recomendado para clautrofóbicos, mas se é de graça tá valendo.</div><div align="left"><br />
</div><div align="left">Acordamos no dia seguinte (tarde obviamente), Damian e Christoph haviam voltado. Damian contando para nós suas histórias de quem perde a noção do que estava fazendo e acaba em situações inusitadas e Chirstoph mostrando algumas fotos da cidade que ele havia tirado de manhã quando estava voltando para o carro. Ainda tivemos tempo de passear mais um pouco antes que a chuva acabasse de vez com o nosso ânimo e só nos deixasse com a alternativa de fazer mais uma refeição e então pegar a estrada para Braunschweig. Cerca de seis horas depois estávamos em nosso destino. É fácil saber qual foi a primeira coisa que fiz ao chegar em casa. Um banho urgente!!!</div>VictorCabralhttp://www.blogger.com/profile/04300274648595141390noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-418725552645030951.post-47993702936805587692011-08-05T11:36:00.000-07:002011-08-05T11:36:14.682-07:00Kings of Leon & IncubusComo eu disse, lá estava eu novamente em Braunschweig. Não tenho muitas recordações sobre este período que durou mais ou menos uma semana. Não há registro de fotos nem de viagens desses dias, excetuando-se algumas fotos tiradas numa noite onde reunimos a turma toda para passar a madrugada jogando CS (quem por acaso não conhecer digite no google Counter Strike que vai descobrir do que se trata e vai perceber logo que nem vale a pena perder tempo com esse lixo, hehe). Tirando isso com certeza rolou alguma farra em algum canto da cidade. O fato é que eu já estava na contagem regressiva para que chegasse a terça feira e eu pudesse ir novamente a Berlin para conferir o show de Kings of Leon.<br />
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O local escolhido para o show foi o Waldbühne, que pode ser conferido abaixo (sempre me esqueci de postar algumas fotos dos lugares que fui, pretendo começar a fazer isso a partir de agora) e eu cheguei meio que em cima da hora do show (de acordo com o horário do ingresso) e acabei ficando na parte mais baixa do anel superior da plateia. Se por um lado eu fiquei longe pra caramba e os músicos da banda ficaram do tamanho de formigas pelo menos o desnível entre cada fileira permitia uma visão perfeita do palco. O terceiro show da turne para mim foi o menos animado. Talvez pelo fato de eu ter ficado meio longe, mas principalmente porque apesar de conhecer várias músicas eu não conhecia a letra de muitas delas, e eu gosto não só de ouvir, mas de cantar junto. De toda forma também foi uma excelente apresentação.<br />
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</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-IJLKJviv75E/Tjww1sktQCI/AAAAAAAAACE/KiOtBoJOrHI/s1600/um+moi+de+foto+192.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://1.bp.blogspot.com/-IJLKJviv75E/Tjww1sktQCI/AAAAAAAAACE/KiOtBoJOrHI/s320/um+moi+de+foto+192.JPG" t$="true" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Três dias depois, era hora de visitar Berlin mais uma vez. Surgira um show de última hora que eu também não poderia perder. A banda da vez era Incubus. No fim de maio os caras anunciaram no site deles que estavam iniciando uma turnê para o lançamento de um novo álbum e uma das primeiras paradas seria na capital alemã. Sem perder tempo fiquei só esperando iniciarem as vendas dos ingressos e tratei de garantir o meu. Desta vez eu teria a companhia de dois amigos de Braunschweig, Marcell e Gobbi. E também poucos minutos antes de sair de Braunschweig com eles, acabei marcando uma viagem rápida para Praga no sábado e no domingo. Pegaria um trem de madrugada com destino a Dresden, onde eu me encontraria com Rominho e alguns amigos estrangeiros, entre eles o sempre viadão argentino Damian.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Chegando no local do show de Incubus, percebemos logo do lado de fora que o ambiente era pequeno. Poucos ingressos haviam sido colocados a venda. Talvez uns três mil no máximo. No final das contas foi perfeito. Ficamos bem próximos ao palco, sem muita gente alta na nossa frente para atrapalhar (exceto um maluco que queria a todo custo pular o máximo, mesmo nas músicas mais calmas). Tirando esse pequeno detalhe todo o resto foi fantástico. Um show de qualidade inversamente proporcional ao tamanho do local que fez com que noventa minutos se passassem voando.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-ulGToAziz74/Tjw2U9wid7I/AAAAAAAAACI/zBNHjzNc5Ps/s1600/um+moi+de+foto+268.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://1.bp.blogspot.com/-ulGToAziz74/Tjw2U9wid7I/AAAAAAAAACI/zBNHjzNc5Ps/s320/um+moi+de+foto+268.JPG" t$="true" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">E com o show terminado por volta de meia noite e algumas horas de diferença entre o horário atual e o da partida do meu trem para Dresden eu pude realizar uma de minhas atividades favoritas que era passar o tempo na Hauptbahnhof esperando a hora do trem sair enquanto tento dormir um pouco sentado em um banco desconfortável.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Mas como o tempo passa, por mais devagar que seja, finalmente chegou a hora de ir e eu pelo menos pude ser recompensado com uma cabine vazia com espaço suficiente para eu me deitar (podendo até esticar as pernas). Aí sim as horas passaram rápido. Num instante eu estava em Dresden e precisava me levantar e sair do trem para procurar meus companheiros de viagem.</div>VictorCabralhttp://www.blogger.com/profile/04300274648595141390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-418725552645030951.post-83183589147770007282011-08-03T11:43:00.000-07:002011-08-03T11:43:41.317-07:00Euro Reise: CopenhagenPois é, quase um mês se passou desde minha última postagem. A razão é simples, muitas viagens durante esse período. E aqui vou eu mais uma vez falar de outras viagens.<br />
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Voltando no tempo em dois meses, eu me encontro saindo de Berlin, parada rápida em Braunschweig só pra tomar um banho, comer algo, arrumar de novo a bagagem e lá vou eu pegar mais um trem para Hamburgo. Nesse história de Hamburgo/Braunschweig pra cá, Braunschweig/Hamburgo pra lá e mais viagem pra não sei aonde acabei passando horas e mais horas dentro de trens, mas muitas horas mesmo. Sem falar nas horas passadas nas estações esperando por esses trens e das horas em aeroportos esperando voos.<br />
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Mas para poder viajar tem que ser assim mesmo, então lá fui eu encarar mais cinco horas de trem de Hamburgo para conseguir chegar em Copenhagen. Cansado como estava tentei dormir um pouco, aquele sono torto que só serve para evitar que os olhos passem o dia todo coçando e as pálpebras pesadas. Mas eis que meu belo sono foi interrompido quando o trem para e o pessoal começa a se levantar, eu olho pela janela e vejo uma parede, todo mundo saindo sem levar as malas e eu pensando que fosse algum tipo de alfândega. Depois finalmente percebo que o trem está dentro de um navio atravessando o Ostsee (também conhecido como Mar Báltico) num trechinho entre a Alemanha e a Dinamarca. Pois é, com o sol brilhando, o vento frio vindo com toda a força e até uma gaivota que acompanhou o navio durante toda a travessia apenas planando, sem sequer bater as asas eu estava enfim na Dinamarca. Hora de voltar para o trem e continuar mais algumas horinhas de viagem.<br />
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Chegando na capital dinamarquesa, Rodolfo e Marina já estavam à minha espera. Seria muito provavelmente nossa última viagem juntos. Tiramos o resto do dia para passear pela cidade, tirar fotos e pá e pei e etc, o velho esquema de sempre. De noite acabou chovendo bastante e estragando nossa programação noturna que também nem seria lá essas coisas porque era uma segunda feira. Acabou que eu me diverti bastante jogando sinuca na área de lazer do albergue.<br />
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A chuva deu uma aliviada no dia seguinte e as programações principais incluiram uma visita a uma comunidade chamada Christiania, uma comunidade independente localizada dentro mesmo de Copenhagen criada lá pela década de 70 por alguns hippies. Um lugar realmente único para ser visitado. Lá dentro não era permitido tirar qualquer tipo de foto, mas podíamos passear pelo local sem problemas. É um lugar bem interessante cuja visita é obrigatória para qualquer turista. Quem quiser saber um pouco mais sobre a comunidade pode dar uma pesquisana na internet.<br />
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A parada seguinte era a fábrica da Carlsberg, a cerveja mais famosa da Dinamarca. Fizemos um tour pela fábrica, ouvimos um pouco da história da cerveja, tudo em prol da degustação oferecida no final do passeio. Uma curiosidade sobre a cerveja era que no início a marca usava o símbolo da suástica, que segundo o folder que falava sobre o símbolo explicava que ele havia sido retirado do rótulo da cerveja nos anos quarenta após ter perdido o seu sentido original.<br />
<br />
Depois da visita ainda tive tempo de caminhar um pouco mais pela cidade (acho que caminhei tanto quanto andei de trem). Depois disso era hora de encarar novamente as cinco horas de trem e aproveitar o tempinho dentro do navio que faria a travessia para a Alemanha. E lá estava eu de volta em Hamburgo. Alguns dias depois estava novamente em Braunschweig aproveitando com a turma e só esperando chegar os próximos shows.VictorCabralhttp://www.blogger.com/profile/04300274648595141390noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-418725552645030951.post-44984962117857818292011-07-06T08:12:00.000-07:002011-07-06T08:12:34.632-07:00Um aniversário muito louco<h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: inherit;">Vou dar um pulo de duas semanas no tempo e contar logo sobre o dia do meu aniversário para não acabar falando sobre isso somente daqui a um mês. Copenhagen e os outros shows em Berlin ficam adiados para a próxima postagem.</span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: inherit;">Para comemorar meu aniversário numa terça feira, nada melhor do que fazer um revival de aniversários anteriores. Eu ia jogar boliche com a turma. Convidei a galera e me planejei para sair do boliche direto para a Hauptbahnhof e pegar um trem para Bremen (mais uma pernoite em Bremen) e de manhã pegar o voo para Edimburgo. </span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: inherit;">Mas eu também queria celebrar com o pessoal de Hamburgo. Liguei para Rodolfo, pedi para ele avisar a galera e lá fui eu mais uma vez fazer o trajeto Braunschweig/Hamburgo. Chegando lá tomei o velho rum com coca comendo batata chips e cantei ao som do violão de Rodolfo acompanhado de toda a turma de Hamburgo até a meia noite, quando a galera cantou parabéns (zum geburtstag viel glück) comemos uma tortinha e o pessoal se despediu. </span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: inherit;">A manhã do meu aniversário já começou errada. Das duas uma, ou eu não ativei o alarme do despertador ou ele tocou e eu desliguei e voltei a dormir sem perceber. O fato foi que eu acordei às 9:00, hora que eu queria já estar a seguindo para a hauptbahnhof para voltar a Braunschweig. Mas eu ainda tinha que passar em Kiwittsmoor para checar se eu havia recebido alguma correspondência nesse período. Lá fui eu para Kiwittsmoor pela última vez e ao chegar o Hausmeister me diz que não havia nada para mim. Viajei para nada. O problema maior foi que eu havia comprado um cupom num site estilo o Peixe Urbano com uma oferta de óculos escuros por 20 euros. Era só apresentar o cupom em uma das lojas participantes e ver quais os óculos que estavam disponíveis. Mas eu fui inventar de colocar o endereço de Kiwittsmoor como local de entrega ao invés de algum endereço em Braunschweig. Como era de se esperar os correios não enviaram o cupom para Kiwittsmoor e eu perdi vintinho em euros. É incrível como o Deutsche Post é incompetente. Eu tive uma dor de cabeça danada para conseguir receber meus ingressos dos shows que eu fui porque os desgraçados ou eram muito burros para encontrar minha caixa de correio ou simplesmente são uns fdp que têm preguiça de procurar direito e mandavam as correspondências para uma agência dos correios para que eu passasse lá para pegar. </span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: inherit;">Deixando esse assunto para lá voltei para a casa de Rodolfo e acessei o site da internet para conferir novamente os horários dos trens para Braunschweig e os horários eram diferentes. Quando eu havia olhado da primeira vez eu tinha pesquisado no sentido Braunschweig/Hamburgo ao invés do contrário. O trem com o melhor horário sairia de 13:50 e levaria três horas até Braunschweig. Eu tinha uma hora e quarenta e cinco minutos. Resolvi almoçar com Rodolfo. E aí começa a correria. Vai no supermercado. Compara os preços, compra a comida, volta pra casa, esquenta a água, tempera o camarão, bota o macarrão pra cozinhar, arruma a mala, come rápido, se despede de Rodolfo, sai correndo na rua só para garantir que não vai perder o metrô... ufa! Foi corrido, mas agora eu estava no metrô e levaria 17 minutos para chegar na estação e tinha 22 minutos para pegar o trem. No final havia dado tudo certo. </span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: inherit;">Tudo certo? Tudo certo uma ova! Eis que a HVV (a companhia de transportes de Hamburgo) me presenteia na estação onde eu trocaria de trem com uma funcionária mandando todo mundo sair do metrô porque aquele em especial não ia sair. Resultado? Perdi a porcaria do trem pra Braunschweig. Fiquei tão irritado na hora que nem quis parar para ouvir da mulher a razão pela qual o metrô não ia sair. Agora ao invés de pegar o trem para Braunschweig de 13:50 e pegar três horas de viagem, eu ia pegar um trem às 14:50 e viajaria por três horas e cinquenta minutos, ainda ia ter que tomar banho e arrumar minhas malas para ir já pronto pra viajar direto do boliche. Resultado, eu chegaria pelo menos meia hora atrasado no meu próprio aniversário. </span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: inherit;">Só para constar, escrevi isso logo após esses fatos terem ocorrido, pois eu teria que esperar 40 minutos pelo trem na Hauptbahnhof e tinha o computador com a bateria cheia para me distrair um pouco. Ou seja, pude relatar praticamente ao vivo o quão emputecido eu estava com o ocorrido. </span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: inherit;">E como merda só presta grande, não satisfeitos em já terem comprometido a minha programação para a noite,atrasaram a partida do trem em dez minutos. Mas tudo bem, eu tenho 19 minutos de intervalo para trocar de trem. Eis que eu chego a tempo na estação onde vou trocar de trem e recebo a notícia de que o trem que eu ia pegar ausfallou (não vai partir). Agora não vou mais chegar em Braunschweig de 18:40 e sim às 19:00, isso se no próximo trem não der merda também. Vamos só ver. </span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: inherit;">E o resultado? O trem seguinte saiu na hora certa, tudo dentro do que estava planejado. Mas como parece que alguém tirou o dia para curtir com a minha cara, no meio da viagem o maquinista vem e diz que rolou alguma treta no meio do caminho e que o trem não encerraria a viagem em Braunschweig e sim numa outra estação. SIM! NÃO É PIADA! ESTOU DESDE UMA E MEIA DA TARDE TENTANDO CHEGAR EM BRAUNSCHWEIG! A solução agora foi ligar para meu amigo Alex e pedir a ele que fizesse o grande favor de me buscar nessa estação. Agora estou dependendo dele para conseguir finalmente chegar em casa. </span></em></span></h2><span lang="PT" style="font-family: "Calibri", "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><strong><em><span style="font-family: inherit;">E aí então acabou a parte que foi relatada ao vivo. Pelo menos daí pra frente deu tudo certo. Cheguei na estação e Alex já estava no estacionamento me esperando, levamos uns 20 minutos para chegar em Braunschweig, me arrumei nas carreiras, preparei minha mala para a viagem e cheguei no boliche às oito horas. Daí pra </span><span style="font-family: inherit;">frente finalmente acabou o stress e eu pude relaxar jogando uma bela partida de boliche com a presença da brasileirada e alguns amigos gringos. E o dia se encerrou com eu e Rominho pegando um trem para Bremen, de onde seguiríamos para mais uma viagem. Próximos destinos, Edimburgo e Estocolmo.</span></em></strong></span>VictorCabralhttp://www.blogger.com/profile/04300274648595141390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-418725552645030951.post-74058106609253569452011-07-03T14:31:00.000-07:002011-07-03T14:31:26.063-07:00Berlin e mais shows<h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Apesar dos também quase três meses que eu havia passado em Hamburgo também terem sido muito proveitosos eu sentia que o meu verdadeiro lugar era Braunschweig. Lá talvez eu tivesse melhores opções para ocupar esse tempo livre que agora eu tinha.Resolvi falar com o Hausmeister do meu alojamento para saber se era possível antecipar o encerramento do contrato do fim de junho para o fim de maio e ele disse que não havia problema. Mas também não foi uma decisão fácil. Eu estaria deixando para trás meus bons amigos Rodolfo e Marina, sem os quais eu não teria conhecido tantas outras pessoas, entre elas os alemães Cristian e Nick, dois sujeitos muito loucos que sabem fazer festa no melhor estilo brasileiro. Nick por sinal chegou a morar um tempo no Brasil, fala português muito bem e disse que já esteve uma vez no carnaval de Olinda e que foi a melhor festa da vida dele. Além deles havia outras pessoas como o russo Anton, nossas amigas gregas e, em especial, uma italiana chamada Irene. Uma pessoa maravilhosa com quem eu tive a oportunidade de compartilhar alguns momentos muito agradáveis durante o curto período de um mês em que nos conhecemos. Ter que trocá-la por Braunschweig foi uma decisão muito complicada. Eu acabei me apegando a ela mais do que deveria, mas sentia que o fim de intercâmbio não deveria ser em Hamburgo e que era hora de procurar um novo desafio e levar comigo as boas recordações dessa cidade maravilhosa que foi onde a minha jornada começou e por muitas vezes me acolheu durante todo esse tempo. Novamente preparei minhas malas (hora de recomeçar o tal do leva e traz), aproveitei a quarta feira véspera de feriado para ir com a galera no bar do alojamento e me despedir de todos. Braunschweig me aguardava novamente, mas eu só voltaria a Braunschweig definitivamente uma semana depois. Na quinta cheguei lá só para deixar algumas bagagens com Rominho, tomar um banho e pegar outro trem com destino a Berlin para a segunda etapa da temporada de shows. </span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">Berlin, a gloriosa capital alemã me dava as boas vindas novamente através da sua Hauptbahnhof gigantesca. Quem estava lá para me dar as boas vindas também era Rodrigo, um velho amigo que havia morado no meu prédio há alguns anos e estava fazendo intercâmbio em Berlin. De lá fui para a casa dele que seria o meu abrigo nas três noites seguintes e descansei um pouco para ir ao show. A banda da vez seria Mando Diao. Um grupo de suecos que eu tive a sorte de verem tocando num festival em Valência pela MTV. Gostei das músicas logo de cara e comecei a pesquisar um pouco mais sobre eles na internet, baixei algumas músicas e virei fã. Chegando na Alemanha deu logo pra ver que os caras faziam muito sucesso aqui na Europa. Eles tinham lançado um CD/DVD de um show acústico e eu aproveitei para conferir mais músicas deles e ficar com o repertório na ponta da língua. O show não fugiu às minhas expectativas. Muito bom mesmo. Virei fã de carteirinha dos caras que conseguiram me manter vibrante durante toda a apresentação mesmo depois de passar cerca de duas horas e meia em pé assistindo duas bandas de abertura até os caras começarem a tocar. Mas no fim eu estava cansado pra caramba. Rumei para a casa de Rodrigo (o local do show estava para a casa de Rodrigo assim como Kiwittsmoor está para o centro de Hamburgo) e fui dormir direto. A sexta seria um longo dia. </span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">Acordando por volta de meio dia, comi alguma coisa, me arrumei e fui com Rodrigo para o apartamento de uma amiga dele que estava morando em Berin também. Por coincidência algumas amigas de Recife que estavam de intercâmbio na França haviam aproveitado o feriadão que havia começado no dia anterior para fazer uma visita a Berlin. Peguei o bonde das meninas e fui turistar por Berlin novamente com elas. A programação noturna não poderia ser outra. Boate, claro. Depois de fazer aquele velho warm up em casa, fomos todos para um prédio onde a festa rolava nos últimos andares e pudemos ter uma vista privilegiada do amanhecer em Berlin na cobertura do prédio. Acredito que eu ainda não tenha comentado nada sobre quanto sol nós temos aqui no verão. Em Berlin, a três semanas do dia mais longo do ano, o céu já está azulado às 3:30, o sol nasce antes das 4:30 e só vai se pôr depois das 21:30. No início era muito massa e coisa e tal, mas depois de um tempo você perde a noção de horário, sem falar que com essa história do sol demorar para se por, fica quente até umas oito da tarde (noite). </span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">E foi para aproveitar esse solzão que a turma de Berlin tomou a tarde do sábado para fazer o velho churrasco no parque no melhor estilo alemão. Salsicha de tudo quanto era tipo, pão de alho e, claro, cerveja. Uma beleza, hehe. O churrasco começou lá pelas cinco da tarde e acabou por volta das dez, quando o sol havia finalmente ido embora. E aí só para não dizer que passamos uma noite de sábado sem sair, fomos para um barinho bater um papo e relaxar. Berlin foi excelente e eu estaria de volta em breve para mais alguns shows. No domingo já era hora de retornar a Braunschweig, só que novamente eu não passaria muito tempo lá. Cheguei no fim da tarde, descansei um pouco e coisa e tal, e de noite peguei mais um trem para Bremen. Ia passar umas três horas enrolando por lá e pegar outro trem para Hamburgo, de onde eu seguiria às 7:30 para uma cidadezinha não muito conhecida chamada Köbenhavn. </span></em></span></h2>VictorCabralhttp://www.blogger.com/profile/04300274648595141390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-418725552645030951.post-58600823337448923082011-06-28T13:58:00.000-07:002011-06-28T13:58:48.866-07:00Euro Reise - Ibiza, parte 2<h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">Sexta seguimos com nossa jornada de passeio pelas praias e já era possível ver o resultado do sol na pele de alguns companheiros, em especial do argentino Damián que já estava um verdadeiro camarão. Fizemos nosso lanchinho na praia (farofeiro sempre), pulamos de praia em praia tirando fotos, tomando um solzinho e uma cervejinha (cerveja espanhola nem se compara com a alemã), a galera tomou um banhozinho de mar pra refrescar (eu ainda não estava muito afim de entrar na água) e acabamos encerrando a tarde numa praia onde a prática do nudismo era liberada e rolava um mix entre pessoas com roupa de banho e outras totalmente peladonas. Adivinha quem foi que resolveu nos assustar com sua bunda branca... tinha que ser o argentino! Como se já não bastasse ter que aturar o argentino que da cintura pra baixo estava totalmente branco e da cintura pra cima mais vermelho que um pimentão, ele ainda deu uma de doido (sim, ele consegue ser mais doido do que se pode imaginar) e nadou até uma rocha que ficava meio longe da praia e escalou até o topo ) devia ser uns 10 ou 12 metros só pra fazer pose pras fotos da galera que ficou na praia.</span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">Durante a noite era hora de festa de novo. Passamos um tempo na rua dos bares cheia de ingleses e depois fomos para uma boate onde estava rolando uma festa dos estudantes erasmus. Ou seja, a festa era privada. Na base da malandragem brasileira (e argentina) acabou que metade da turma conseguiu entrar e a outra metade não. Lá dentro da boate pelo menos as nacionalidades eram mais mescladas, apesar dos ingleses ainda dominarem o pedaço. O destaque da festa vai para o banho de água que começou lá pelas horas altas da madrugada e inundou o andar mais inferior da boate. Damián, Rodrigo e Kelly se ferraram nessa brincadeira enquanto eu e Rominho ficamos no andar de cima, seguros e (quase) secos.</span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">Sábado rolou mais praia. Desta vez a água já estava numa temperatura um pouco mais agradável e deu pra relaxar tomando um banho de mar e apreciando a paisagem paradisíaca. Relaxar durante a tarde para poder agressivar durante a noite é o que se deve fazer. Para dar um tempo nos sanduíches que comíamos durante nossa farofada, fui com uma parte da turma atrás de um restaurante para matar nosso desejo de comer algum prato de frutos do mar. Terminamos encontrando um local que servia uma Paella por um precinho camarada. Nem precisa dizer que foi a melhor refeição da viagem.</span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">E para fechar a noite tínhamo que visitar uma das boates fodonas de Ibiza. A escolhida foi a Pacha, uma das melhores do mundo. Como ainda não era alta estação não levamos nenhuma facada na hora de comprar os ingressos para a festa. Com os ingressos na mão restava agora fazer o velho warm up na pousada pra todo mundo chegar lá no brilho e não ser estuprado pelos preços das bebidas dentro da Pacha. No final deu tudo certo. Todos se divertiram e pá e num sei o que lá. Apenas nosso amigo Alex acabou se dando mal quando comprou uma cerveja que custava oito euros e dos 50 euros que usou pra pagar, só recebeu dois de volta, pois a bargirl alegou que ele tinha pago com uma nota de dez. Osso.</span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">Domingão foi dia de mazela total, todo mundo acordando tarde, almoçando tarde, fazendo tudo tarde. Depois de comer eu optei por permanecer na pousada deboando enquanto alguns ainda tiveram fôlego para visitar mais uma ou duas praias. A noite foi encerrada na rua dos ingleses novamente. Depois dessas noites nessa rua eu tomei um abuso enorme do sotaque dos ingleses. Eita sotaquezinho de fresco dos infernos. </span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">No último dia, com todos já cansados de praia e festas, a programação foi visitar a cidade velha de Ibiza. Basicamente era um morro cujo topo encontrava-se uma igreja, um pouco mais abaixo um forte e o resto era tomado por casas. Um belo lugar para se ter uma vista geral do mar, do porto e da cidade. Caminhando um pouco aqui,, tirando umas fotos ali, o tempo passou e era quase hora de ir para o aeroporto. Mas ainda dava pra passar uma horinha em uma praia que fosse ali por perto.</span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">Chegando no aeroporto com algum tempo de sobra, eis que um colega (como não era Damián, não revelarei a identidade da pessoa) se dá conta de que havia esquecido de imprimir a passagem<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>para o voo da volta. (Obs: essa pessoa também não era eu). E a turma da Ryanair cobra a bagatela de 40 euros para imprimir a passagem na hora. Como ele tinha o arquivo no pen drive bastava procurar uma internet house na cidade para ele poder imprimir a passagem. Só que os carros já haviam sido devolvidos para a locadora. Ele não teve dúvida e pegou o primeiro ônibus para a cidade. Os detalhes eram: ele não tinha mais crédito no celular e havia deixado conosco a sua mochila com seu computador e o passaporte. Ou seja, tínhamos que dar um jeito de deixar a mochila com alguém do aeroporto caso ele não voltasse a tempo. Por sorte aos 45 do segundo tempo ele apareceu caminhando como se tivesse todo o tempo do mundo. Passado o susto pudemos enfim retornar para casa tranquilos. O amigo argentino de Damián seguiu com seu mochilão para algum outro país que no momento eu não recordo qual era. A galera pegou o trem para Braunschweig e eu rumei de volta para Hamburgo.</span></em></span></h2><span lang="PT" style="font-family: "Calibri", "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Passei o resto da semana andando pela cidade e pesquisando na internet algum tipo de serviço com o qual pudesse ganhar uma graninha, mas não dei mais sorte. Agora eu já não sabia ao certo o que fazer. Ainda me restavam quase três meses de Alemanha e Hamburgo agora já parecia não ter mais o que me oferecer (em matéria de trabalho). Nesse meio tempo de indecisão recebi novamente a visita da brasileirada de Braunschweig para mais um final de semana da pesada, só que desta vez não ficaríamos até altas horas numa festa na casa do chapéu. Eu precisava mostrar a eles o que era a vida noturna em Hamburgo e não havia outro lugar que não fosse a reeperbahn. No final da noite salvaram-se todos e pudemos deixar mais uma noite roxeda guardada em nossas memórias. Para coroar o fim do mês de maio nada como começar o meu tour de shows de bandas fodonas. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A escolhida para o início do tour foi a banda Beady Eye que para quem não sabe é formada pelos ex-integrantes do Oasis, excetuando-se Noel Gallagher. O local escolhido para a apresentação foi a Grosse Freiheit, nas imediações da reeperbahn, e o show, embora curto, foi genial. Fiquei a poucos metros do grande Liam Gallagher, uma das lendas do rock dos anos 90. Um verdadeiro ícone. Um sujeito que é pop porque é chato pra cacete. O cara passa o show todo parado fazendo cara de irritado e pose de soldado e ainda sim consegue ser idolatrado, mas ele merece. Afinal, ele é Liam Gallagher. E assim eu encerrei mais uma noite memorável em Hamburgo.</span>VictorCabralhttp://www.blogger.com/profile/04300274648595141390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-418725552645030951.post-61358459706428823892011-06-20T05:34:00.000-07:002011-06-20T05:34:00.803-07:00Deutsche Reise - Ibiza, parte 1<h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">A minha jornada na Stulz havia finalmente chegado ao fim. Foram dois meses puxados, mas bem interessantes. Apesar de eu não ter tido condições de executar tarefas e projetos mais complexos pude aprender bastante sobre o dia a dia da empresa e como os departamentos trabalham e se interrelacionam. E ainda tive a oportunidade de praticar o idioma por oito horas diárias. Gostaria de mandar meus agradecimentos para meu cunhado Ernesto pela oportunidade que me foi dada e dizer que foi uma experiência única que ajudou no meu desenvolvimento profissional e que com certeza me trará outros benefícios no futuro.</span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">Encerrei meu contrato na quarta feira, agradeci ao pessoal mais próximo pela oportunidade e o tempo dedicados a mim, almocei e fui imediatamente para a Hauptbahnhof pegar um trem para Bremen. Lá haveria um avião me esperando no aeroporto para me levar a Ibiza, além de um pequeno grupo composto por outras onze pessoas. Sete brasileiros, Guilherme, Barretão, Rominho, Rodrigo, Alex, Kelly e Serjão (um tiozão muito engraçado que era professor do Cefet do Rio e estava fazendo um mestrado (ou doutorado, não lembro exatamente qual) em Braunschweig e havia conhecido o pessoal sabe-se lá como. Para completar o grupo havia nosso amigo alemão Christoph, uma espanhola, Marina e o nosso argentino favorito Damián e um amigo argentino dele Pablo.</span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">Ibiza, nunca imaginei que estaria lá tão cedo. A Ryanair estava me dando a chance única de conhecer essa maravilhosa ilha por apenas 60 euros. Quando a turma me informou sobre esta viagem e eu constatei que a data coincidia exatamente com o dia em que eu encerraria meu estágio eu não pensei duas vezes, entrei na internet e comprei minha passagem imediatamente. Desta vez não tive nenhum imprevisto com a Ryanair, tudo ocorreu sem nenhum tipo de problema. </span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">Não tivemos problema nenhum com a Ryanair. Já com a locadora de carros a história foi bem diferente. Para cada carro eles pediam um depósito de 500 euros para servir como caução, como eram três carros, precisavamos pagar 1500 euros. Só que cada carro tinha que estar registrado no nome de uma pessoa e esta pessoa teria que ter os 500 euros disponíveis em sua conta. Somente Damián e Alex tinham condições de ficarem responsáveis por um carro. Os demais ou estavam sem carteira de motorista ou não tinham a quantia necessária. Como eu tinha a carteira e o dinheiro me ofereci para colocar o terceiro carro no meu nome. Só que a funcionária da companhia disse que com 18 anos era permitido dirigir, mas a locadora só registrava o carro para pessoas a partir de 22 anos. Nunca imaginei que com 21 eu fosse me sentir um moleque. </span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">No fim das contas tivemos que ficar apenas com dois carros mesmo. Não parecia ser um grande problema. Considerando que era uma ilha podíamos usar um dos carros para fazer duas viagens sempre que quiséssemos ir para algum lugar. Não seria tão demorado assim. </span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">Só que a tal da ilha não era uma ilhazinha qualquer não. Era muito maior do que eu imaginava. No caminho para nosso albergue não vimos um sinal sequer do mar, só montanhas. Outra coisa que pudemos constatar também foi que Damián era um péssimo motorista. Ele tentava se guiar através do GPS de Christoph, mas isso só atrapalhava. Já no dia seguinte descartamos o GPS, pois havia placas em todos os cantos para nos indicar os caminhos que deveríamos seguir. Agora quando eu quiser reclamar de alguém no trânsito, ao invés de dizer que a pessoa tirou carteira na paraíba vou dizer que tirou na Argentina. </span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">O nosso albergue na verdade era mais uma pousada do que um albergue. Quartos bem confortáveis, toalhas em cima da cama como num hotel, camareiras todos os dias para dar um trato no quarto, tudo a um preço bem camarada. Havíamos tido sorte com a nossa habitação. Mas sabíamos que Ibiza não era nem de perto um lugar barato, então tínhamos que economizar onde fosse possível. E uma das formas de economizar era comprando no supermercado a comida do café da manhã e dos lanches.</span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">Primeira manhã em Ibiza, hora de pegar o mapa (daqueles de papel mesmo, nada de gps fajuto), decidir para qual praia iríamos e então subir as montanhas. As estradas eram totalmente conservadas, mas era um tal de sobe e desce, curva pra esquerda e pra direita o tempo todo. Acho que ninguém esperava que a ilha fosse ser tão grande assim. Chegamos na primeira praia, tiramos algumas fotos aqui e ali, e quando eu botei o pé na água... medo! Gelada pra caramba! Resolvi que era melhor ficar só de boa, apreciando a paisagem, até porque eu ainda não tinha passado protetor e não estava afim de virar um camarão já no primeiro dia de praia. Mas os outros não pareceram se importar muito com isso. Depois de um banhozinho no mar e algumas fotos, pegamos a comida no carro, procuramos uma sombra e fizemos aquela velha farofada. Pão, presunto, queijo, frutas, água, suco, tudo o que um bom café da manhã precisa ter. Não preciso nem dizer que eu me empanturrei de pão, hehe.</span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">Só que já nessa primeira parada rolou um pequeno acidente. Nosso querido tio Serjão caiu de uma pedra, deu uma ralada na perna e teve alguma bronca com o joelho. Ainda tivemos tempo de seguir para uma outra praia (também com a água geladinha) e deboar mais um pouco. Depois tivemos que passar numa farmácia, comprar uns remédios pra Serjão e alugar um par de muletas para o mais novo aleijadinho do pedaço.</span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">Chegando a noite, era hora de começar os preparativos das fiestas. Como era uma quinta feira e a alta temporada ainda não havia começado nenhum dos nightclubs fodões de ibiza abriria nesta noite. Nossa opção era passear pela cidadezinha de San Antoni onde estávamos hospedados. Logo encontramos a rua dos bares e boates onde se concentrava a grande maioria da galera que estava na cidade. E o que vimos foi uma verdadeira invasão britânica. O que tinha de inglês nessa rua chegava a ser irritante. E a turma fica do lado de fora dos bares chamando o povo que está na rua para entrar. Abordavam a gente com aquele sotaquezinho cabuloso e falando feito retardados (hey guys... here...two beers...pay one...nice... yeah!). E quando entrávamos nos estabelecimentos a maioria estava praticamente vazia. O grande momento da noite foi protagonizado por duas piriguetes que encenaram uma luta livre no meio da rua. A melhor parte da noite foi que eu acabei não gastando dinheiro com bebida na rua.</span></em></span></h2>VictorCabralhttp://www.blogger.com/profile/04300274648595141390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-418725552645030951.post-33436241543382049312011-06-15T09:07:00.000-07:002011-06-15T09:07:36.271-07:00Fim do novo emprego e Hafengeburtstag<h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">E a vida em Hamburgo seguiu seu rumo, fui conhecendo algumas pessoas novas com o tempo, continuei meu trabalho na firma e agora estava bastante animado com o novo serviço no restaurante dos americanos. Meu trabalho era o trabalho de qualquer garçom comum. Anotava os pedidos dos clientes, repassava para a cozinha, servia as bebidas e as comidas quando estava tudo pronto. </span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">Um detalhe interessante era o cardápio do estabelecimento. Na primeira página estava escrito algo do tipo “hambúrgeres não são feitos para serem comidos com garfo e faca, então por favor, ao menos se esforce um pouquinho para tentar comer o maldito hambúrguer com as mãos!”. O detalhe é que não era um hamburguerzinho desses que a gente encontra na maioria das lanchonetes. Eram hambúrgueres de 250g que eles colocavam dentro de um pãozinho minúsculo. Coisa de americano mesmo. Tive a oportunidade de provar um dos hambúrgueres duas vezes no final do turno de trabalho. </span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">Parecia o trabalho dos sonhos. Como o restaurante ainda não estava recebendo muitos clientes, era possível revezar os dias de quem ia trabalhar ou não. Então eu não teria problemas para viajar para Ibiza. Só que o meu sonho não durou muito tempo. Depois de trabalhar por cinco noites e lucrar aproximadamente 200 euros, Tim veio me dizer que o movimento ainda estava baixo e ele não precisava de tanta gente trabalhando como garçom no momento. E nessa hora a minha<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>falta de experiência falou mais alto. Ele me disse que eu ficava meio travado na hora de atender os clientes, que não me comunicava com muita clareza e isso dificultava um pouco as coisas. No final das contas, ele não ia mais precisar de mim. Agora eu realmente tinha todo o tempo do mundo para viajar para Ibiza.</span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">Depois dessa pequena decepção só me restava tentar voltar a procurar algum tipo de serviço. Só que eu não ia fazer isso durante um fim de semana. Fim de semana é o momento de tirar as preocupações da cabeça. E este seria um fim de semana bem especial porque desta vez era a turma de Braunschweig que viria para Hamburgo.</span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">Enquanto uma parte do pessoal viajou para Praga, a outra parte resolveu ir para Hamburgo para aproveitar as comemorações do aniversário do porto. Uma caravana enorme havia vindo de Braunschweig para passar o dia em Hamburgo e retornar cedinho no domingo. Mas como eu era agora residente de lá, ofereci com muito prazer os metros quadrados de chão do meu quarto para a visita de Rominho, Rodrigo, César e Kássio.</span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">No início da tarde fomos para o porto, que estava lotado de gente. O rio Elba estava tomado por barcos, navios, iate e qualquer outra coisa que flutuasse, uma verdadeira festa alemã com direito a várias barraquinhas de cerveja, comida, jogos e outras coisas que os alemãs adoram. Nos encontramos com nosso mascote argentino Damián que estava com um grupo de espanhóis. Depois do passeio pelo porto nos encontramos com Rodolfo e Marina e fomos todos para um parque relaxar até o sol se por. </span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">Mas no final não houve nada de relaxante no passeio pelo parque. Encontramos uma outra turma e alguém dessa turma tinha uma bola. Era só o que precisávamos. Uma parte do grupo passou o resto do tempo jogando uma pelada daquelas bem peladeiras mesmo enquanto a outra parte ficou batendo papo sentada na grama. Eu fiquei na parte dos peladeiros, afinal, eu ainda não havia jogado futebol desde que chegara na Alemanha. Não preciso nem entrar muito em detalhes sobre a pelada, pois quem me conhece sabe o nível do meu futebol. Depois de muito tempo consegui acertar um belo chute e fazer a bola ir parar num lago que estava bem longe do campo. Sinal de que era hora de irmos embora. Kássio foi resgatar a bola e nós resolvemos encerrar o jogo. </span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">Era hora então de reunir a cambada para voltar para casa, jantar e começar os preparativos para a noite de Hamburgo. Fizemos uma macarronada, compramos vodka, tomamos banho e iniciamos os trabalhos. E considerando que eu moro bem pertinho do centro da cidade, todas essas etapas nos consumiram bastante tempo. Quando chegamos nos arredores da Reeperbahn já era cerca de meia noite. </span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">Encontramos Damián e sua turma, que haviam tomado outro destino, e lhes entregamos alguns packs de cerveja que eles tinham encomendado. Só que na Reeperbahn não era permitido caminhar com garrafas de vidro, então eles precisariam beber em outro lugar. Nisso Rodolfo havia me ligado avisando que rolaria uma festa de um amigo de um amigo dele e todos eram bem vindos. Não precisou falar duas vezes, lá fomos nós, um grupo de cerca de 15 pessoas para invadir a festa do maluco. A ideia era ficar lá bebendo até umas duas da manhã e depois voltar para a Reeperbahn. Bem, ficou só na intenção mesmo. </span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">Acabou que todo mundo curtiu demais a tal da festa, fomos ficando, ficando, ficando... e levando em consideração o grupo grande que estávamos, reunir todo mundo para ir embora foi uma tarefa complicadíssima. No final das contas acabamos chegando na Reeperbahn perto das seis da manhã. Aproveitei para dar um pulinho na McDonald’s e comprar aquele velho cheeseburguer-anti-qualquer-bebedeira e renovei minhas energias. Nesse trajeto o grupo se dividiu em vários outros grupos menores e eu acabei encerrando a noite (que agora já era dia) no Fischmarkt com os outros sobreviventes. No final das contas a Reeperbahn que era o motivo principal da vinda do pessoal para Hamburgo foi totalmente esquecida. Depois de reencontrar alguns dos outros intercambistas de Braunschweig que tinham ido passar o dia em Hamburgo também e bater um papo com eles era finalmente hora de voltar para casa. Reuní Rodrigo e Kássio que eram os dois que estavam por perto naquela hora e fomos encarar a longa viagem de metrô para casa. Chegamos em casa sem qualquer notícia de Rominho ou de César, mas quando estávamos prestes a dormir Rominho ligou dizendo que havia dormido no metrô no caminho para casa, chegado até o ponto final e feito o percurso contrário para voltar ao centro, mas que estava quase chegando em casa. Com o sono que eu estava tudo o que eu disse foi “eu não me levanto pra abrir a porta pra ninguém, um de vocês dois vai fazer isso” e apaguei. </span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">O domingo já começou com aquela cara de domingo. Todo mundo morto, meio lento, sem conseguir raciocinar direito. Aos poucos fomos retornando ao nosso estado normal e começaram a surgir comentários e histórias de tudo o que havia acontecido na noite anterior. Para preservar a reputação dos meus colegas (e a minha) não entrarei em detalhes sobre o que aconteceu. Talvez eu fale disso pra quem estiver interessado quando voltar para Recife. E assim havia terminado mais um fim de semana. A turma voltou para Braunschweig e só me restava descansar mais um pouco para recuperar as energias e me preparar para meus três últimos dias de trabalho. </span></em></span></h2>VictorCabralhttp://www.blogger.com/profile/04300274648595141390noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-418725552645030951.post-47864575681514450882011-05-24T10:00:00.000-07:002011-05-24T10:00:04.750-07:00Novo trabalho<h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Mais uma semana de estágio se iniciava. Mais uma semana para eu praticar meu alemão, aprender um pouco sobre a empresa e tentar dar uma mãozinha quando fosse possível. Só que agora eu estava começando a entrar na reta final do período do estágio. Na minha entrevista ficou definido que eu ficaria na empresa durante dois meses para aprender como ela funciona como um todo. Depois desse período, dependendo do meu interesse em uma área específica e da disponibilidade deles poderiámos prolongar o período do estágio por mais um mês. Só que a vida em Hamburgo estava ficando mais cara do que eu imaginava e eu estava cada vez mais interessado em ganhar dinheiro de alguma forma para amenizar as despesas do dia a dia aqui e conseguir juntar uma grana legal para fazer algumas viagens durante o mês de julho.</span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Como não havia garantia de que estendendo o meu período de estágio na Stulz eu passaria a ganhar alguma coisa, resolvi que era melhor tentar descolar algum emprego que eu pudesse ficar durante os meses de maio e junho. Comecei a pesquisar informações na internet e acabei por encontrar um site que oferecia várias oportunidades de emprego em tudo quanto era tipo de negócio. Selecionei alguns que me pareciam mais interessantes, mandei alguns emails e fiquei no aguardo das respostas.</span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Já havia me preparado psicologicamente para começar a receber vários emails com a maldita palavra “leider” que me atormentou bastante durante os meses em que eu estava procurando um estágio. Mas para a minha sorte já no dia seguinte ao que eu mandei os primeiros emails recebi uma resposta de um sujeito informado que caso eu tivesse interesse que desse uma passada no estabelecimento dele no dia seguinte. Com um detalhe, o sujeito disse que não falava alemão muito bem e me respondeu o resto do email em inglês. Bom sinal. Sem hesitar eu saí no dia seguinte do estágio direto para o local indicado.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Chegando lá me deparei com um local anda bem empoeirado e desarrumado, com caixas e outras tralhas para tudo quanto era lado. O lugar simplesmente ainda não havia sido inaugurado. Os donos eram dois americanos. Tim e John, que tinham um bar/restaurante especializado em carnes e hambúrgueres e tinham um estabelecimento em Berlin há cerca de 5 anos e agora estavam prestes a inaugurar sua filiam em Hamburgo. Além de mim outras 4 pessoas haviam aparecido para ver se conseguiam um trabalho. Tim esplicou que como eles estavam começando agora, só tinham gente contratada para trabalhar na cozinha e que precisavam de garçons urgentemente, então estavam contratando quem tivesse interesse. Ou seja, cheguei lá, disse que topava ficar de garçom e simplesmente arrumei o emprego. Foi muito mais fácil do que eu imaginaria nos meus melhores sonhos.</span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">O estágio continuou seguindo no mesmo ritmo. Pelo menos nas últimas semanas eu já não precisava mais chegar lá às seis da manhã. Nos departamentos por onde passei nas últimas semanas o turno do pessoal começava às oito horas. Eu saía de lá um pouco mais tarde, mas pelo menos não precisava mais me preocupar em estar na cama para dormir antes das dez. E aos poucos eu me aproximava do final do estágio.</span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Nesse meio tempoconsegui descolar mais um tempinho para dar outro pulo em Braunschweig. Desta vez para participar de um churrasquinho no parque com a galera. Acabei descobrindo que havia um Stadtpark em Braunschweig (assim como em Hamburgo) onde a maioria do pessoal vai nos finais de semana quando a temperatura volta a subir. Pelo visto é o programa preferido dos alemães. Enquanto os brasileiros vão à praia no domingo e fazem aquela farofada, os alemães vão para o parque, tomam sol, bebem cerveja, jogam bola e fazem um churrasquinho de linguiça e salsichão. </span></em></span></h2><span lang="PT" style="font-family: "Calibri", "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><strong><em><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">O nosso churrasco pelo menos foi um pouco mais saboroso. A turma tinha comprado alguns pedaços de carne de porco já temperados e bastava apenas colocar na churrasqueira e esperar. Só o fato de colocar uma carne na grelha pra assar já era uma forma de matar as saudades desta experiência culinária brasileira. E para acompanhar o churrasco muita cerveja. Após a turma ter contabilizado os ganhos da festa, terminou que não houve lucro nem prejuízo e sobraram muitos litros de refrigerante e suco, além de quase 20 grades de cerveja daquelas garrafas de 330ml. Então eu tinha que pegar a minha parte dessas sobras, hehe. Para encerrar a tarde ainda aproveitei para acompanhar a semi final do pernambucano com meus colegas rubro negros Rominho e Rodrigo. O resultado do jogo, bem, essa parte todo mundo já sabe, então prefiro não comentar.</span> </em></strong></span>VictorCabralhttp://www.blogger.com/profile/04300274648595141390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-418725552645030951.post-76331968093238722172011-05-21T07:30:00.000-07:002011-05-21T07:30:21.979-07:00Páscoa, enfim um feriado<h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">E então na metade de abril a minha rotina em Hamburgo começou a se estabelecer. Acordando cedo para ir ao estágio, de tarde uma passada na academia pra dar aquela carga e dependendo da disponibilidade eu passava no alojamento de Rodolfo e Marina pra fazer aquele jantar bem família.</span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">O estágio também foi se tornando mais interessante, embora eu continuasse sem ter condições de ajudar muito. O fato é que havia algumas coisas que eram mais complexas e levariam tempo para serem explicadas, e haveria ainda o obstáculo do idioma alemão. Apesar de eu já estar num estágio bem desenvolvido eu não posso me considerar fluente no idioma. Então os chefes de departamento se limitavam a me dar um esclarecimento geral de como funcionavam as coisas na empresa, sem entrar muito em detalhes. Eu aprendia o básico e ajudava com o que podia.</span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">E então, ao final do mês de abril, pude finalmente ter a oportunidade de desfrutar o meu primeiro feriado de verdade desde a minha vinda para a Alemanha. Uma sexta e uma segunda sem trabalho para celebrar o feriado da Páscoa. Eu não estava interessado em passar quatro dias em Hamburgo, mas não havia planejado nenhuma grande viagem para esse período. A solução foi tentar visitar algumas cidades próximas o suficiente para não se gastar tanto dinheiro com a passagem de trem e haver tempo o suficiente para se visitar a cidade durante uma tarde e voltar para Hamburgo no mesmo dia para não ter que gastar dinheiro com albergue também. A cidade escolhida para a sexta foi Lübeck. A companhia, Rodolfo e Marina.</span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">Pegamos nosso trenzinho na sexta de manhã e em menos de uma hora estávamos em Lübeck. A primeira coisa que me chamou atenção foi o fato do centro da cidade também ser circundado por um rio, assim como Braunschweig. A cidade era menor do que eu imaginava. Em cerca de seis horas conseguimos ver o centro todo. Foi o velho esquema de caminhar, tirar fotos e comer alguma coisa. Um dia tranquilo e bem interessante. Tudo isso debaixo de um solzinho como a muito tempo eu não via e agradáveis 20 graus de temperatura. No final da tarde já estávamos em Hamburgo novamente para decidir qual seria o próximo destino. Depois de mundo tempo de discussão resolvemos que a cidade a ser visitada no sábado seria Potsdam.</span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">Só que agora não eram apenas 45 minutos de trem. Eram 4 horas e meia mesmo. Saímos de Hamburgo bem cedo, para chegar em Potsdam por volta de meio dia. A viagem foi até menos cansativa do que eu esperava. Enfim estávamos em Potsdam, cidade que basicamente é constituída de um parque gigantesco e alguns palácios e outras construções que ficam espalhadas pelo território do parque. O sol foi novamente camarada, nos acompanhando durante todo o passeio e proporcionando um clima ameno. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Foi um passeio interessante. Mais fotos, mais caminhadas, mais uma parada para uma cervejinha e no final da tarde ainda tivemos um tempinho para descansar um pouco no gramado bem cuidado de uma ilha chamada Freundschaft Insel, ou Ilha da Amizade e celebramos nossa Páscoa fazendo uma troca de chocolates.</span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">Foi uma troca de chocolates mesmo, nada de ovo de Páscoa. Aqui na Alemanha não tem essa de você chegar no supermercado e ter um corredor gigante lotado de ovos de Páscoa de tudo que é tamanho, preço e marca. Você encontra um ou outro ovo de chocolate perdido em alguma prateleirazinha. O pessoal aqui gosta é de pegar um ovo de galinha normal e pintar da cor que quiser e pegar uma cestinha para colocar vários ovos coloridos para servir de decoração. Se comem os ovos depois eu não faço a menor ideia.</span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">E então encaramos mais quatro horas e meia e várias trocar de trem para voltar de Potsdam para Hamburgo. O domingo foi aquele domingo bem com cara de domingo. Dormir até tarde, ficar o dia todo no quarto deboando e esperando a segunda chegar. Mas a segunda pelo menos era feriado também.</span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">Então na segunda de manhã rolou um café da manhã de Páscoa com Rodolfo e a turma do andar dele, uma galera bem gente boa. Depois desta celebração de amizade e união fomos todos para o Stadtpark ficar deboando pelo resto da tarde. O sol da primavera é bem quentinho. O parque cheio de gente. Programa de fim de semana e feriado de alemão é simplesmente esse. Ir para o parque tomar sol, tomar cerveja, fazer um churrasquinho e ficar por lá até a temperatura começar a baixar. No nosso caso trocamos a parte do churrasquinho pelo violão de Rodolfo. E assim a tarde passou rapidamente, era hora de voltar para casa e retomar o batente na empresa no dia seguinte.</span></em></span></h2>VictorCabralhttp://www.blogger.com/profile/04300274648595141390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-418725552645030951.post-61132772447349458832011-05-03T14:34:00.001-07:002011-05-03T14:34:23.130-07:00Brazilian Party!<h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em>Então finalmente chegou mais um final de semana. Desta vez eu visitaria Braunschweig mais uma vez. E chegando lá já dou de cara com um rosto novo, depois um segundo, mais tarde um terceiro, etc. Pois é, a gangue brasileira tinha aumentado ainda mais. Pena que agora não havia praticamente nenhum argentino para rivalizar conosco. Fazendo uso da nossa nobreza e boa vontade, acabamos por acolher Dámian, aquele que um dia foi o líder dos argentinos, no nosso grupo. Teremos mais alguns meses para fazer dele um brasileiro de verdade.</em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em>Como agora Braunschweig será somente um reduto de festas de fim de semana para mim então nem preciso entrar muito em detalhes sobre o que rolou de noite. Reencontrei velhos amigos, tomamos umas, falamos besteira e no final da noite havia um sofazinho confortável me aguardando. Até semana que vem, Braunschweig. Hamburgo aguarda o meu retorno.</em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"></span></h2><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><em><span style="font-family: Cambria;">E como eu havia dito antes, Braunschweig seria a cidade das festas. E num certo final de semana haveria uma festa muito, mas muito especial. A Brazilian Party in Braunschweig. Uma festa organizada pela turma brasileira da cidade e com apoio do nosso colega argentino Dámian.</span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><em><span style="font-family: Cambria;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Aos poucos tudo foi sendo organizado. Como hoje em dia o Facebook é a rede social que comanda, foi criada uma página do evento no site, convidamos uma caralhada de gente e começamos a anunciar a festa. Eu acompanhava tudo de longe lá em Hamburgo.</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"> <span lang="PT">Aos poucos a galera foi confirmando presença. Mas quando anunciamos que limitaríamos o número de convidados a 200 em poucos dias atingimos este número.</span></span></span></em></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">Agora sabíamos que a festa daria gente. Só faltava comprar as bebidas. Numa tarde de sábado peguei novamente meu trenzinho e cheguei em Braunschweig pra ajudar a turma com os últimos detalhes. Fizemos uma reuniãozinha para definir quem ia ficar trabalhando e se disponibilizaria a rachar tanto os possíveis lucros como os possíveis prejuízos da festa. Eu não ficaria de fora dessa de jeito nenhum. A legião toda estava lá. Os organizadores Poli e Alex, o DJ Gobbi e o resto da turma. Guilherme, Barretão, Kássio, Marcell, Rominho, Rodrigo, César e Barata. Falei o nome de um por um só para dar uma ideia de como a comunidade brasileira em Braunschweig ficou grande. Agora estava tudo pronto. Era só esperar a galera chegar.</span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">E então a turma foi chegando de leve. No início ficamos meio enrolados no bar, mas aos poucos fomos pegando o jeito da coisa. Chegava um cara, pedia uma cervejinha, depois outras três pessoas pedindo vodka com red bull e etc. Mas a grande estrela da noite foi de fato a caipirinha. Mais da metade da turma que chegava no bar pedia caipirinha. Também, como o nosso trunfo era vender bebidas a um preço barato, colocamos cerveja, refrigerante, suco e shots a 1 euro enquanto os long drinks e a caipirinha sairiam por 2 euros. Como europeu é acostumado a pagar pelo menos 5 euros num copo de caipirinha eles agressivaram valendo na nossa caipirinha barata.</span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">Ainda no início da festa sofremos uma baixa no staff. Um colega fez a proeza de ao invés de cortar o limão para a caipirinha cortar o próprio dedo e teve que ser levado para o hospital, mas nada que fosse além de uns quatro ou cinco pontos e uns esparadrapos. O serviço no bar não podia parar. A caipirinha voou num instante e tivemos que dar um jeito de comprar mais algumas garrafas de Pitú. Mas paramos de servir depois que o segundo lote acabou, pois simplesmente não tínhamos quase nada de lucro vendendo um copo de caipirinha a 2 euros.</span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><em><span style="font-family: Cambria;">E o tempo foi passando. Eu fiquei a maior parte do tempo no bar servindo a galera enquanto tentava tomar minha cervejinha e de vez em quando saía para dar uma volta para falar com alguns amigos e ver como estava o andamento da festa. Estava tudo perfeito.</span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">E aos poucos a Pitú foi mostrando seu poder. De repente comecei a ver altas galeras em estado de loucura. Todo mundo muito louco, mas sem brigas ou confusões. Ficou provado que os europeus não aguentam tomar muita cachaça. Teve francês muito louco, italiano muito louco, espanhol, peruano... Até brasileiro de uma turma que havia vindo de Berlin para prestigiar a festa teve que declarar game over. E assim conseguimos cumprir nossa missão. A Festa Brasileira havia sido um sucesso.</span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">O dia amanheceu e finalmente todos haviam ido embora. Apenas os organizadores permaneceram. Eu dei um tempo na cerveja e pulei para o Red Bull pra conseguir enganar o cansaço por um tempo. Só não estávamos contando com o fato de que nosso amigo Poli tinha resolvido comprar uma cama nova para o quarto dele e queria ajuda para transportá-la até o quarto. Então lá fomos nós de nove da manhã a caminhar pela rua falando alto e rindo de qualquer besteira até o endereço do sujeito que estava vendendo a cama. Ajudamos a colocá-la na van e pegamos o caminho de volta para o nosso prédio. Tentamos convencer o cara da van a colocar todo mundo no bagageiro junto com a cama, mas não deu. Tivemos que voltar a pé mesmo.</span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">Chegando no prédio a missão agora era levar uma cama gigante e cabulosa para o sexto andar. E lá fomos nós, cinco machos ainda um pouco sob efeito do álcool a subir seis andares de escadas com a maldita cama. Concluída a missão, me despedi rapidamente da turma e me mandei pra estação para pegar o trem de volta para Hamburgo, pois eu ainda tinha um compromisso importante antes de ir dormir.</span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">O compromisso era uma avaliação física para poder me matricular na academia novamente, afinal eu já estava a quase dois meses parado e precisava retomar o meu preparo físico. No estado em que me encontrava eu pensei que não fosse conseguir fazer sequer 5 minutos de esteira ou 10 repetições de algum exercício. Mas acho que as latinhas de Red Bull me ajudaram nessa hora. </span></em></span></h2><h2 style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><em><span style="font-family: Cambria;">Terminado o compromisso fui reencontrar meus dois amigos num dos parques da cidade. De lá comemos aquele velho Döner para recuperar as energias, voltei para casa, tomei um banho, ainda conversei um pouco com minha mãe no skype e finalmente, depois de pelo menos umas 30 horas acordado, pude ter as minhas preciosas horas de sono. Mas se engana quem pensa que eu fiquei dormindo até meio dia ou mais. Nada disso. Já era segunda. Era hora de trabalhar.</span></em></span></h2>VictorCabralhttp://www.blogger.com/profile/04300274648595141390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-418725552645030951.post-90338608331941775142011-04-17T12:55:00.000-07:002011-04-17T12:55:17.064-07:00O retorno da chave<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">O que fazer agora? O óbvio. Ligar para Rodolfo e dizer “E aí meu velho, beleza? Vou lhe contemplar com a oportunidade única de me ter como seu hóspede por uns dias!” E assim foi feito. Me mudeu de mala e mala e mala e mochila (sim, meus bens agora ocupavam o volume de três malas e uma mochila lotadas, apesar de eu só ter duas malas e uma mochila). Apesar de estarmos um pouco cansados, eu, Rodolfo e Marina não poderíamos deixar de curtir umas horinhas na Reeperbahn. E como não tínhamos bebida em nosso estoque, o jeito era beber na rua. E como beber na rua significa gastar mais dinheiro, era preciso saber fazer o investimento certo. O investimento da noite foram dois elefantes (Elephant), uma cervejinha simpática com dez agradáveis níveis percentuais de álcool. No início meus dois amigos estavam reclamando, mas no fim estávamos todos falando bobagem e rindo de qualquer coisa.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Voltando para casa era hora de arrumar minha cama. Um confortável pedacinho de chão coberto por calças jeans e casacos, um travesseiro e eu estava pronto para dormir. Afinal, para quem passou cinco noites num quarto apertado com outros seis machos numa Munique em plena Oktoberfest, eu havia aprendido que em certos momentos você tem que bater no peito e dizer “aqui é chão pai!” E foi chão. Três noites de chão.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Para pagar a minha estadia, nada melhor do que comprar um pouco de comida e fazer um almoço ou um jantarzinho de leve. Já estava até parecendo que éramos uma família, sempre fazendo refeições juntos e jogando conversa fora sobre como foi o meu dia no estágio ou como foi a aula dos dois na faculdade. Mas eu não poderia ficar lá para sempre, eu precisava de um quarto o quanto antes.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">E então, depois de muitas tentativas frustradas tentando encontrar um quarto em sites especializados, resolvi entrar em contato com os alojamentos estudantis e procurar saber se havia algum quarto livre. No final havia um disponível até o fim de junho. Era justamente o que eu precisava.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Studentenwohnanlage Kiwitsmoor. Esta seria a minha morada nos próximos meses em Hamburgo. Um simpático alojamento estudantil no coração de uma rua cujo final está localizado na fronteira de Hamburgo com o outro estado da Alemanha. Se alguma vez eu havia falado mal de Barretão por morar na casa do Schunter, eu agora pagaria o preço pela minha judiação. Apenas 25 minutinhos de metrô até o centro da cidade, de onde eu pegaria mais 15 minutos de um segundo trem e mais 5 de um terceiro para chegar no trabalho.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Então na noite em que eu deveria me despedir do confortável chão de Rodolfo, muitas coisas aconteceram. Uma amiga de Braunschweig, Cristina, disse que tinha um ingresso extra para um show que uma banda chamada Belle & Sebastian faria na cidade. Ela perguntou se eu não teria interesse em ir junto e se havia algum lugar no meu quarto para ela dormir. Considerando que agora eu tinha um quarto, aceitei prontamente. Rodolfo e Marina se juntaram a nós e estávamos novamente nos arredores da Reeperbahn numa doite de terça pra curtir um showzinho de leve.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Findado o show, fomos todos para o alojamento para que eu pudesse pegar logo algumas coisas no quarto dele e levar para o meu. Papo vai, papo vem, vejo na internet que o metrô que eu precisava pegar já não estava mais passando. Teríamos então que andar duas estações em quinze minutos para chegar até a outra linha do metrô que me levaria até em casa. Sem condições de fazer o percurso a pé, eu e Cristina pegamos um táxi e chegamos lá a tempo. Agora estava tudo bem. Eu chegaria em casa por volta de uma da manhã e acordaria às quatro e meia para ir trabalhar. Tranquilíssimo, afinal, aqui é chão pai!</span></div><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Só que o chão era muito mais duro do que eu imaginava. De repente veio à minha memória um “pequeno” detalhe seguido de um belo PU-TA-QUE-PA-RIU expressado com toda a sua sonoridade e enfatisando cada sílaba. Eu havia esquecido a chave do meu quarto no quarto de Rodolfo. Sim, o papai aqui mais uma vez fez uma bela de uma cagada. Cristina olhava para mim perplexa e dizia que ia me matar. Saímos na primeira estação e eu comecei a pensar nas alternativas. Teríamos que esperar meia hora até aparecer um ônibus. No final Cristina decidiu que queria voltar para Braunschweig de madrugada mesmo. Ela só não contava com o fato de que o primeiro trem saída quase às cinco da manhã. Claro que depois de um fora desses eu não podia simplesmente deixá-la esperando na Hauptbahnhof sozinha. Resultado de tudo isso: Passamos quase três horas na McDonald’s da estação sem poder dormir porque lá não era permitido, tentando conversar sobre alguma coisa para tentar fazer o tempo passar mais rápido, apesar do climão chato que ficou depois disso. Enfim chegou a hora da saída do trem. Eu ainda aproveitei para ir com ela até a estação onde ela trocaria de trem para aproveitar uma horinha de sono na ida e outra na volta. Retornando a Hamburgo, liguei para Rodolfo, que agora já estava acordado para ir à faculdade e me abriu as portas do seu quarto para me receber novamente. E aí não teve mais chão que eu aguentasse. Dormi o resto do dia no colchão dele mesmo.</span>VictorCabralhttp://www.blogger.com/profile/04300274648595141390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-418725552645030951.post-74707362539472379552011-04-10T15:36:00.000-07:002011-04-10T15:37:25.246-07:00Hamburg - O Retorno<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Segunda foi o dia das despedidas. Almocei junto com a turma do Brasil, arrumei minha mala (entenda-se: joguei as coisas dentro até não caber mais), e de noite cheguei em Hamburgo. Grande Hamburg! Nossos destinos se cruzaram novamente. Estávamos unidos desde o início por uma força maior.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Tá, deixando a babação um pouco de lado, lá fui eu carregando minhas duas malas e minha mochila pelo meio da rua. Ainda bem que o WG ficava a menos de dez minutos a pé da estação onde desci. Da última vez essas malas quase me mataram. Mas cheguei inteiro ao WG e fui recebido pelos meus novos colegas, um alemão chamado Marcus e duas alemãs, Franziska e Ann Christine. Batemos um papinho na cozinha enquanto eu comia a sobremesa que eles haviam feito e me despedi dos três cedo (dez e meia) para ir dormir, porque teria que acordar às quatro e meia (da manhã mesmo) para começar o meu estágio.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">E o despertador tocou. Aquele sono maravilhoso havia sido interrompido em plena madrugada. Uma madrugada fria e escura, mas que eu precisava enfrentar para estar às seis da manhã em plena fábrica da Stulz e iniciar meus trabalhos. Foi difícil mas eu consegui. Lá estava eu, pronto pro que der e vier. E o que veio nos três primeiros dias foi o trabalho numa das áreas de montagem das máquinas. Passei os dias vendo quatro mecânicos divididos em duas duplas montando as máquinas. Era que nem um quebra cabeça gigante. Máquinas de 1,80 de altura, constituídas e centenas de parafusos, e canos, e estruturas metálicas e etc. Montá-las parecia até interessante, mas ficar só olhando era um saco, e eu passava os dias olhando pras máquinas feito um cachorro olha prum prato de comida só esperando os caras pedirem pra eu ajudar colocando algum parafuso, para pelo menos o tempo passar um pouco mais rápido.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Terminada a primeira semana de estágio, sem conhecer ninguém na cidade, a única opção que me restava era retornar a Braunschweig e passar o final de semana por lá. Apesar de a cidade já estar me entediando um pouco eu senti bastante falta dela. Nada melhor então que uma noite de sexta com uma festa num dos alojamentos de estudantes e muita gente conhecida para animar um pouco, com direito até a uma feijoada no domingo.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Depois era hora de retornar a Hamburgo porque a seman seria de muito trabalho. E a segunda semana não se mostrou muito diferente da primeira, continuei dando uma mãozinha pros mecânicos aqui e ali, de tarde voltava para casa e ter mais uma ou duas horas de sono para compensar o pouco que eu dormia durante as noites, assistia um pouco de tv, conversava sobre alguma casualidade com os meus novos colegas e passava o resto do tempo no computador, à espera do final de semana seguinte.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Agora eu estava pronto para reviver as noites boêmais de Hamburgo. Para isso entrei em contato com um velho amigo, Rodolfo, também recém chegado na cidade e saber qual era a boa da noite. Para começar um warm up no seu alojamento com uma amiga dele, Marina, e os vizinhos de andar do alojamento. Uma cervejinha aqui, um whiskyzinho ali, um pouco de música e um papinho pra conhecer um pouco a galera e então estávamos prontos para a Reeperbahn.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Grande Reeperbahn, velha de guerra. Se ninguém tem ideia do que fazer ou para onde ir, a noite vai sempre acabar lá e ficarão guardados na memória os momentos mais interessantes e divertidos ou histórias engraçadas (do tipo “um dia veio o porto e os tubarões se mudaram). E no sábado também não foi diferente, apenas mudou a galera, mas com os brasileiros sempre juntos. Se em Braunschweig eu vivia rodeado de engenheiros nascidos da Bahia pra baixo, agora estava na companhia de dois estudantes de direito vindos da mesma terra que eu. Enfim, simplesmente não dá para ficar longe dos brasileiros.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">A rotina parecia estar começando a se estabelecer (acordar cedo, trabalhar, voltar pra casa, dormir mais um pouco, comer, desperdiçar a vida no computador, comer de novo, dormir), mas só faltava um detalhe. Meu quarto só duraria até o fim do mês. O tempo estava passando rápido e eu simplesmente não conseguia encontrar outro lugar. Todos os quartos que eu visitei neste período (e não foram poucos) tinham algum concorrente pela vaga. Ninguém gostava de mim, ninguém me escolhia e as minhas noites no meu quarto provisório estavam acabando. Gastei horas de metrô indo pra tudo quanto era canto da cidade, batendo papo com os donos dos quartos que estavam sendo oferecidos, tudo pra nada. Numa bela noite de sábado do início de abril eu me encontrava sem teto.</span></div>VictorCabralhttp://www.blogger.com/profile/04300274648595141390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-418725552645030951.post-31417158344378209192011-03-27T01:54:00.001-07:002011-03-27T01:54:28.843-07:00Euro Reise: Dublin???<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Na viagem dessa vez eu iria com dois dos brasileiros, Barretão e Kássio. Compramos nossas passagens com a até então querida ryanair umas três semanas antes da viagem e estávamos quase prontos para viajar. Digo quase porque Kássio não conseguiu fazer o check in online do trecho Londres/Dublin. A ryanair não tem voos diretos de Bremen para Dublin, então tínhamos que passar por Londres antes. Como eram quatro voos, Kássio acabou comprando a passagem de Londres pra Dublin no horário errado. No que ele tentou alterar o horário da passagem a empresa quis cobrar 25 libras. Levando em conta que a passagem estava custando 15 libras era mais vantajoso comprar uma nova. Foi o que ele fez. Mas depois quando fomos fazer nosso check in pela internet, ele não conseguiu fazer o check in do trecho Londres/Dublin porque ele tinha alterado a passagem e não havia pago as 25 libras que pediam. Achamos então que conseguiríamos resolver essa situação no aeroporto na hora da viagem. E sendo assim deixamos Braunschweig no expresso da meia noite para chegar em Bremen às duas da manhã e ficar batendo papo no Burguer King da Hauptbahnhof, o único lugar aquecido nas proximidades que se encontrava aberto durante a madrugada. Aguardamos duas horas e meia até o primeiro tram para o aeroporto e lá resistimos até o dia amanhecer e embarcamos para Londres com a esperança de solucionar nossa bronca.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Mas como tudo que é barato às vezes pode sair caro, o precinho amigo que a ryanair bota também tem seus perigos. Você não pode bobear e deixar não fazer tudo de acordo com o que a empresa fala que a ryanair vai te cobrar milhões de taxas depois. Ou seja, chegamos no aeroporto de Londres, fomos ao balcão do check in e o funcionário disse que como o check in não tinha sido feito pela internet ele precisaria cobrar uma taxa simbólica de 120 libras. Somente.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Agora nos restava decidir se pagaríamos ou não. Resolvemos ainda usar um computador para checar na internet se havia alguma outra passagem para aquele dia ou pro dia seguinte por um preço mais barato. Não havia. E quando estávamos nos acostumando com a ideia de partilhar este fumo para três pessoas vimos que só faltava meia hora para o nosso voo para Dublin decolar. E precisaríamos enfrentar as filas do check in e da revista de bagagens. Ou seja, corríamos o risco de pagar mais 40 libras cada um e ainda assim perder o voo.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Resultado: Já que estamos nessa cidadezinha mixuruca chamada Londres, o jeito e ficar por aqui mesmo. Foi o que fizemos.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Pros meus colegas seria a primeira vez em Londres, então seria interessante. Já eu também não tinha do que reclamar, afinal não é qualquer um que pode viajar duas vezes pra Londres em um mês. E assim lá fomos nós, pegamos o ônibus para o centro da cidade, fizemos uma busca de última hora por albergues e conseguimos lugar para três noites, só que Kássio num albergue e eu e barretão em outros dois. O mesmo albergue que eu tinha ficado na primeira ocasião tinha quartos disponíveis para a quarta e quinta. Tivemos que arrumar um outro para a sexta.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Na quarta feira então demos uma boa volta pela cidade, revi novamente mais uma vez os pontos turísticos mais conhecidos da cidade, andamos por alguns parques e já de noite fomos comer alguma coisa, tomar um banho e depois tomar uma cerveja no bar do meu albergue, que mais uma vez encontrava-se cheio de gente curtindo uma noite de karaoke. Nem precisa dizer que eu cantei mais uma vez e dei show, da mesma forma que fazia nas quintas do irish pub de braunschweig.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Na quinta acordamos cedo para tomar o café gratís do albergue e ainda voltamos para a cama dormir mais um pouco. Durante a tarde era hora de fazer algumas coisas que eu não havia feito na primeira viagem, como o free tour. Duas horinhas e meia revisitando novamente outra vez alguns dos pontos turísticos e ouvindo algumas historinhas interessantes do guia sobre o mendigo que invadiu o palácio de Buckingham em 1980 e lá vai e bateu um papinho com a rainha, depois ouvir algumas histórias dos reis de séculos passados, de um capitão que lutou numa das maiores batalhas navais da história e após sua vitória, ele, ferido, declarou sua homossexualidade e morreu, e pra fechar com chave de ouro uma história sobre um grupo de “terroristas” que planejou bombardear o Westminster com todos os figurões lá dentro, em 1600 e bolinha e ainda ver uma encenação de como foi que os terroristas morreram com um argentino no papel do terrorista e Kássio no papel de carrasco.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Voltamos novamente ao albergue no fim da tarde, mas já bem cansados. Ainda demos uma volta pelas redondezas e cedinho fomos dormir, porque ainda não estávamos recuperados da madrugada de terça. A sexta foi dedicada à visita aos museus. Visitamos o Museu da Guerra Imperial que contava a história de várias guerras que rolaram por aí, em especial a I e a II mundiais. E no meio da tarde uma nova visita ao British Museum, porque em duas horas (o tempo que eu passei na visita anterior) se brincar não dá nem pra conhecer o museu todo se você andar sem parar para ver as coisas que tem lá. Quando já estava anoitecendo, eu e Barretão nos mudamos para nosso novo albergue e lá pelas onze horas fomos procurar um pub pra tomar uma cervejinha e voltar. Andamos por uma hora e meia e não conseguimos encontrar nada nas redondezas em plena sexta feira. Os pubs menos requintados que conseguimos encontrar já estavam fechados. Voltamos para o albergue com um vazio gigantesco.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Na sábado, nosso último dia, era a vez de fazer uma visita ao Emirates Stadium, vulgo Estádio do Arsenal, o maior clube de Londres. Fomos para lá bem contentes, certo de que faríamos um tour bem legal pelo estádio, melhor até do que o tour no estádio do Liverpool, mas nossa alegria se acabou quando chegamos na bilheteria e o tiozão de lá falou que não estavam vendendo os ingressos para estudantes que havíamos visto anunciado no site. O tour que deveria custar 8 libras terminaria saindo por 15. E como pobre que quer pagar de rico viajando pela Europa, quando chega nas cidades quer economizar ao máximo para poder tomar uma(s) de leve no fim do dia, acabou que nosso tour se resumiu à loja do Arsenal (muito boa por sinal) e uma volta olímpica do lado de fora do estádio. Depois pegamos o rumo da Abbey Road e nos divertimos com a galera atrapalhando os motoristas para tirar fotos atravessando na faixa (exceto um asiático cegueta que tirou foto atravessando fora dela, DUAS VEZES). Encerramos a tarde dando um rolé pelos parques e nos despediríamos de Londres com um pub crawl com o resto do dinheiro que tínhamos economizado.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Na saída do albergue encontramos um sujeito com a camisa do Brasil que tinha acabado de fazer check in (esse albergue q eu fiquei realmente tem sempre um monte de brasileiros). Com ele estava outro cara que disse que estava indo pro pub crawl também e que ia levar um americano que tinha conhecido. E lá fomos nós para o nosso pub crawl. Quatro brasileiros e um americano meio maluco, mas que era gente boa pra caramba (o danado ainda pagou uma cerveja pra gente no cartão corporativo da empresa dele). Já no primeiro pub dei de cara com três sujeitos que tinham toda a pinta de brasileiros. Quando estávamos caminhando na rua para o segundo pub eu falei algo em português bem alto e os caras ouviram. Pronto, eram mais três pra turma. No fim ainda encontramos o primeiro sujeito que estava no albergue com duas amigas e fechamos nossa gangue (com o americano ainda no meio). Daí pra frente foi farra até fecharmos a boate que encerrava o pub crawl. Tá certo que em Londres as coisas fecham cedo, essa boate fechou às 3 e pouca, mas fomos os últimos a sair de todo jeito. Era hora de pegar nosso busão pro aeroporto e de lá um avião pra Bremen e de lá um trem pra Braunschweig. Pronto. Duas da tarde do domingo estávamos na cidade, cansados pra caramba, mas felizes. Era hora então de descansar pra valer porque na segunda eu finalmente me mudaria pra Hamburgo.</span></div>VictorCabralhttp://www.blogger.com/profile/04300274648595141390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-418725552645030951.post-31614971428038503872011-03-22T11:07:00.001-07:002011-03-22T11:07:33.508-07:00Procura-se quarto - Parte 3<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Foram alguns minutos preocupantes. Poucas horas atrás eu tinha um quarto bem legal me esperando em Hamburgo durante o mês de março. Agora eu não tinha nada.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">A única esperança era ligar novamente para o cara do outro quarto que eu havia me interessado e dizer que havia rolado uma bronca e que eu ficaria com o quarto dele mesmo. Ele disse que estava tudo bem e que eu poderia ficar com o quarto. Mas depois da surpresa anterior eu fiquei bem apreensivo. Só sosseguei alguns dias depois quando ele me enviou por email o contrato do quarto. Estava tudo certo então. Meu lugarzinho em Hamburgo estava garantido para os próximos dias. Eu já podia relaxar e fazer uma viagem bem divertida para Dublin. Mas ainda antes disso era hora de comemorar o carnaval.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Domingo de carnaval! Que bonito, que alegria, que beleza! Bem, mais ou menos. Pela primeira vez desde que eu cheguei em Braunshcweig um domingo teve vida. Um belo dia de sol, calorzão de 10 graus e o povo na rua indo para o centro ver o desfile de carnaval. Enquanto o povo ficava vendo os carros e pessoas desfilando e jogando bombons, pipocas e chocolates, os brasileiros faziam o que eles melhor sabiam. Bebiam, cantavam e pulavam. No fim da tarde, acabou o desfile e todo mundo voltou para casa. Acabou o carnaval em Braunschweig.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Mas não em Köln. Colônia é a cidade alemã com o carnaval mais famoso e nós não podíamos deixar de conferir. Alugamos um carro e saímos na segunda bem cedinho para percorrer quase 300km até Köln. Uma viagem dessas no Brasil seria bem puxada, mas na Alemanha com suas estradas perfeitas e trechos sem limite de velocidade, a viagem seguiu tranquila. Passamos a maior parte da viagem andando a 140km/h e vendo exemplares de Porsches, Audis, BMWs e até um singular Maseratti passarem por nós simplesmente como se não existíssemos.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Um pouco depois das onze chegamos em Köln. O que se viu então foi mais do mesmo. Mais mesmo. O mesmo desfile, só que maior. As pessoas vendo o desfile, em um número maior. Mais pessoas fantasiadas e nós bebendo mais até o fim da tarde. E então realmente o carnaval acabou. Pegamos a estrava de volta e de meia noite já estávamos novamente em Braunschweig. Agora sim era a hora de se preparar para a viagem de Dublin.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Dublin? Não exatamente. Rolou uma mudança de planos de última hora. </span></div>VictorCabralhttp://www.blogger.com/profile/04300274648595141390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-418725552645030951.post-74106515365652264912011-03-18T14:53:00.000-07:002011-03-18T14:53:06.231-07:00Procura-se quarto - Parte 2<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Agora já era uma quarta feira. Eu estava de viagem marcada para Dublin e precisaria sair de Braunschweig no fim da noite da terça da semana seguinte. Estava em uma situação delicada. Ainda sem ter como ligar do meu celular e pesquisando as melhores opções de quarto. Então me veio a ideia de procurar por um quarto que estivesse disponível somente durante o mês de março. Afinal seria um período menor, então não haveria muitas pessoas interessadas. Já eu por outro lado teria um lugar para dormir durante o resto do mês e enquanto isso procuraria outros quartos disponíveis por um período maior sem precisar ter que fazer o trajeto Braunschweig/Hamburgo que me consumiria muitas horas. Desta forma consegui entrar em contato com três pessoas e agendei as visitas todas para a sexta feira. Agora minhas chances de conseguir um quarto eram bem maiores.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Eu havia programado tudo. Chegaria em Hamburgo às 6:30, visitaria o primeiro quarto, depois seguiria para o segundo por volta das 19:15, para o terceiro lá pelas 20:00 e de 21:00 estaria na Hauptbahnhof pronto para pegar o último trem para Braunschweig.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">E então começaram os imprevistos. O sujeito que eu ia visitar por último perguntou se eu podia chegar às 18:00 porque ele tinha um treino de futebol, o que não era possível para mim. Nesse meio tempo mais uma pessoa entrou em contato comigo e disse que eu poderia visitar o apartamento se quisesse. Dessa forma tive que reprogramar as visitas. A primeira visita continuaria às 18:30, a pessoa que tinha me ligado ficaria para as 19:30, o segundo quarto que eu ia visitar passaria a ser o terceiro, lá pelas 20:15 e o último eu visitaria por volta das 21:00. Mais uma vez eu teria que passar a noite em claro em alguma estação de trem.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Deixando esse pequeno detalhe de lado, lá fui eu visitar os quartos. No primeiro fui recebido por uma representante de um studentenwohnheim, que é um local de acomodação de estudantes no estilo do APM onde eu fiquei em Braunschweig. Ela me mostrou o apartamento, o quarto, tudo bem interessante. Havia pelo menos três outros estudantes neste apartamento, mas eu não fazia ideia de quem seriam, pois não havia ninguém no apartamento, e se havia alguém, este estava trancado em seu quarto. Até que o local era interessante, não fosse um pequeno detalhe: era longe pra cacete! Zona sul da zona sul de Hamburgo, enquanto a empresa do meu estágio fica lá na Zona norte. E levando em consideração que Hamburgo é pelo menos umas três vezes maior que Recife dá pra ter uma noção da bronca. Só pra chegar na Hauptbahnhof, de onde eu levo uns 40 minutos para chegar na empresa, eram 15 minutos.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Hora então de visitar o segundo apartamento. Da Hauptbahnhof bastaria eu pegar um metrô para uma determinada estação que eu estaria bem perto do endereço. Como eu estava com pressa e o metrô que eu precisava pegar estava chegando, eu entrei nele sem hesitar. Mais tarde vim descobrir que a estação que eu desceria era uma das últimas. Seriam mais de 20 minutos de viagem. O melhor de tudo foi descobrir logo depois que o metrô fazia uma linha circular e que se eu tivesse pego ele na direção contrária chegaria em 8 minutos.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Passada essa etapa desci na estação indicada e tive dificuldades pra me localizar. Depois de um certo tempo desisti e resolvi perguntar para alguém na rua como eu chegava no tal endereço. O sujeito me explicou que eu tinha que pegar um ônibus. Foi então que eu percebi que na mensagem que eu recebi pelo celular a pessoa dizia para pegar o metrô e depois o ônibus, e eu havia entendido que poderia pegar ou um ou outro. Claro que até chegar na parada certa vi o ônibus que eu queria passar por mim e tive que esperar mais outros 20 minutos. Tive então que ligar para todo mundo e dizer que ia me atrasar.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Depois de conseguir finalmente pegar o ônibus e perder mais uns 15 minutos, cheguei no segundo endereço. O quarto era de um sujeito que iria estagiar em Frankfurt e estava disponível até o fim de maio. Um quarto legal, num apartamento legal, a moça que me apresentou o apartamento também era bem simpática. Já o sujeito que estava com ela ficou o tempo todo de cara amarrada e sem dar uma palavra sequer. Vai ver ficou irritado por eu ter me atrasado. Em todo caso o apartamento era melhor que o primeiro, mas ainda ficava num trajeto bem longo para a empresa.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Indo agora para o terceiro endereço que ficava num local mais centralizado e conhecido, achei que não teria a menor dificuldade em encontrar o apartamento. Ledo engano. Saindo da estação do metrô, segui pela rua que deveria ser onde o prédio ficava. O primeiro prédio do meu lado era o número 33. A numeração aqui é meio diferente, acho que já falei sobre isso. Fui então para o outro lado da rua, onde ficavam alguns prédios empresariais bem grandões. Segui até encontrar o número 4, mas eu não havia visto nenhuma numeração no prédio anterior e este prédio não era residencial. Terminei encontrando a entrada do número 3 que era o que eu estava procurando numa ruazinha ao lado do número 4. Liguei para a pessoa e disse que estava na frente da porta. Poucos minutos depois ela me ligou perguntando se eu estava realmente na frente da porta certa. Daí pra frente foram outros 10 a 15 minutos de ligações e eu andando de um lado para o outro para encontrar o prédio. Finalmente consegui.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">A moradora era uma suíça cujo colega de quarto estava indo pra um país africano cujo nome não me lembro agora por umas semanas. O quarto era bem interessante, o apartamento pequeno, mas confortável. A moça era bem simpática e a localização excelente. Sem dúvida era a melhor escolha até agora. Faltava apenas conferir o último quarto.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Liguei uma última vez para o sujeito do último quarto para avisar que estava finalmente chegando. Pelo menos desta vez não houve problema para localizar o prédio porque ficava numa rua do lado do apartamento que eu havia visitado na primeira viagem. Chegando lá conheci o rapaz que estava alugando o quarto. Ele disse que ia viajar com a namorada por algumas semanas e que o quarto estaria disponível até o início de abril. Mais outras três pessoas moravam com ele, só que nenhuma estava ali no momento. Mas tanto o quarto como o apartamento eram bem agradáveis.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Sendo assim fiquei para escolher entre o terceiro e o último apartamento. Ambos tinham boas localizações, mas o da suíça era a melhor localização, além do aluguel ser um pouco mais barato. Como eu não cheguei a conhecer os colegas do sujeito do último apartamento resolvi optar então pelo quarto oferecido pela suíça.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Agora era hora de encarar novamente uma viagem longa e fria de volta para Braunschweig. Mais uma vez tive que passar duas horas e meia em Uelzen num frio miserável tendo apenas uma hora e meia de bateria do meu computador. Tempo usado para assistir novamente um episódio de uma série e ficar jogando copas e paciência spider até a bateria acabar. Às sete da manhã estava finalmente no meu quarto (o quarto do meu amigo para dizer a verdade) pronto para descansar e ligar para o pessoal no dia seguinte.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Ainda antes de dormir tratei de mandar uma mensagem por celular para a pessoa do primeiro apartamento que tinha me pedido uma resposta o mais breve possível. Era cedo demais para ligar e eu é que não ia interromper meu precioso sono lá pras dez da manhã só pra ligar e dizer que não ia ficar no quarto.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Ao acordar no meio da tarde, liguei para a suíça para avisar que ficaria com o quarto que ela estava oferecendo. Ela disse que estava tudo certo e que depois eu entrasse em contato de novo para informar quando eu estaria me mudando. Feito isso liguei para os outros dois que restavam e disse que tinha optado por outro quarto. Ao final de tudo fui para a academia fazer alguns exercícios.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Voltando da academia acesso meu email e me deparo com uma surpresa bem desagradável. A moça veio me pedir mil desculpas e falar que o colega dela tinha entrado em contato com um amigo e já tinha reservado o quarto para ele. Ela não havia lhe falado que eu estava interessado no quarto e nem ele a avisou que estava reservando para um amigo. No final o papai aqui dançou mais uma vez.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">A tensão é grande. Aguardem a solução do problema no próximo capítulos.</span></div>VictorCabralhttp://www.blogger.com/profile/04300274648595141390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-418725552645030951.post-66590881875524372702011-03-15T13:51:00.001-07:002011-03-15T13:51:58.665-07:00Procura-se quarto<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Bom, muito tempo se passou, está mais do que na hora de contar as novidades. Sabem como é, depois das provas tive muitas coisas a resolver e pouco tempo para atualizar o blog.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Tá, eu admito, tive tempo pra fazer isso sim, mas resolvi colocar outras coisas como prioridade. Mas isso não vem ao caso. Vamos ao que interesa, obedecendo a ordem cronológica dos fatos.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Como informado na última postagem eu finalmente consegui meu estágio. Então estava tudo bem agora, certo? Claro que não. Afinal eu ainda não tinha um teto para me proteger do frio em Hamburgo. Era hora de pesquisar na internet um quarto disponível para morar. O problema é que Hamburgo é uma cidade cuja concorrência na busca de um quarto é sempre grande. No site que eu pesquisava havia muitas ofertas e eu ainda estava me baseando em vários critérios para escolher um quarto. Pra deixar as coisas um pouco mais divertidas eu resolvi deixar a minha conta bancária bem próxima do zero. Resultado: a operadora do celular foi descontar a fatura na minha conta automaticamente e ao verem que eu não tinha saldo suficiente bloquearam imediatamente o meu telefone. Agora eu precisava usar os telefones dos amigos emprestados para entrar em contato com as pessoas que estavam oferecendo quartos.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Nesse meio tempo era hora de entregar o meu quarto. Hora de tirar tudo aquilo que eu tinha acumulado nos meu cinco meses naquele cantinho. Com muito trabalho fui juntando as roupas, os livros e revistas, louça, comida e todos os demais objetos. Se eu voltasse para Recife nesse dia estaria precisando de duas malas extras. Feita a mudança, arrumei e limpei o quarto todo e entreguei ele novinho em folha para o Hausmeister. Enfim me despedi para sempre do 30621. Meu novo endereço era agora o quarto 20523, junto com meu amigo Kássio, que teria o prazer inenarrável de me ter como hóspede durante uma semana.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Estava então resolvida a situação da minha moradia temporária. Agora eu precisava retomar a pesquisa por um quarto em Hamburgo. Com isso marquei uma visita com um dos contatos que arrumei no site de procura de quartos. Lá fui eu pegar o trem de Braunschweig para Hamburgo. A minha rota favorita aqui na Alemanha. Chegando lá já de noite localizei facilmente o endereço e fui convidado a conhecer o apartamento, o qual era habitado por seis estudantes, três moças e três rapazes, todos estudantes. A turma era bem interessante, pediram pra eu me apresentar, mostraram o apartamento, o quarto, etc, etc. Tudo seria perfeito se não fosse por um problema, ou melhor, sete. Sete outras pessoas estavam interessadas no quarto também e tinham vindo visitá-lo. Eu fiquei lá tentando dar uma de simpático, prestando atenção no que os outros falavam em alemão fingindo estar entendendo tudo. Conversando quando me perguntavam alguma coisa e mostrando ser um sujeito legal. </span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Quando me dei conta já havia passado da hora de pegar meu trem. O último que saía de Hamburgo e chegava em Braunschweig num horário adequado. Agora eu só tinha a opção de esperar em Hamburgo até umas cinco, seis da manhã pelo primeiro trem e chegar em Braunschweig por volta das nove horas ou sair de 0:30 e chegar lá às 6:30, tendo que ficar durante um período de duas horas numa estação em Uelzen. Preferi optar pela segunda opção. E então passei uma das noites mais frias na Alemanha até agora, tinha levado o computador e tentei escrever alguma coisa durante esse tempo mas estava sem luvas e não demorou para minhas mãos começarem a reclamar. Minha opção então era assistir um episódio de um seriado que consumiria quase toda a minha bateria. Depois disso o computador ainda aguentou uns 15 minutos apenas tocando música e depois disso tive que apelar para o joguinho do celular durante mais uns 40 minutos. Pelo menos cheguei ao nível 50 e zerei o jogo.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">No dia seguinte veio a resposta. Depois de tantos “leider” (infelizmente) recebidos pelas empresas para as quais eu mandei meu currículo, agora era hora de receber um “leider” da turma do apartamento. Tinham escolhido outra pessoa. Para encerrar a conversa recebi um “desejamos boa sorte pra você” da mesma forma que as empresas fizeram.</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 6pt;"><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "Tahoma", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">Vou deixar um pouco de suspense no ar para a próxima postagem que virá em breve.</span></div>VictorCabralhttp://www.blogger.com/profile/04300274648595141390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-418725552645030951.post-66999399033445688802011-02-25T13:12:00.000-08:002011-02-25T13:12:06.603-08:00Momentos decisivos - parte 2Passado o fim de semana em Londres era hora de voltar o foco para as obrigações dos próximos dias que consistiam basicamente em estudar, estudar, estudar. As provas estavam se aproximando e segundo relatos de outros intercambistas elas em geral eram meio complicadas. Então não me restava alternativa a não ser dedicar alguns dias para ficar traduzindo textos em alemão e dando uma complementada no assundo lendo o que eu pudesse encontrar sobre o tema que estivesse em inglês.<br />
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Mas claro que ainda dava para realizar algumas atividades mais interessantes. Minha última semana com a turma do boliche foi bem agradável. Tive um bom desempenho no jogo e ainda fui premiado com uma camisa e um balde personalizado, hehe. Para encerrar, o ilustre colega de engenharia de produção Rominho havia acabado de chegar na cidade. Péssima hora se for levado em consideração que todo mundo queria se concentrar nos estudos e não tinha muitas condições de sair para fazer algo de noite. No final das contas ainda conseguimos organizar num fim de semana uma corridinha de kart com um grupo de americanos. Como a turma era grande tivemos que dividir em dois grupos e por alguma coincidência absolutamente bizarra os mais rápidos ficaram todos no primeiro grupo e os mais lentos no segundo. Eu terminei ficando no primeiro grupo e tive que suar muito (e olhe que suar no frio que fazia no galpão da pista era uma tarefa bem difícil) para conseguir terminar em sexto entre oito corredores.<br />
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Deixando a diversão de lado e voltando para os estudos, chegou o dia da minha primeira prova. Lá estava eu razoavelmente animado para fazê-la. Recebi o caderno de provas. Olhei a primeira questão. Fui resolvendo exatamente de acordo com o que tinha visto no livro. Tentando deixar tudo bem explicado (só para constar, a prova estava toda em alemão e eu respondi em alemão). Consegui acabar a primeira questão fazendo tudo direitinho e então constatei que eu havia gasto 30 minutos nela e precisava resolver mais 5 questões no estilo da primeira e outras 10 de múltipla escolha nos próximos 90 minutos. Ou seja... FFFUUUUUU!!!!!<br />
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Resolvi as 10 questões de múltipla escolha e ainda dei uma enrolada em outras duas até a monitora sair recolhendo as provas de todo mundo. Realmente Mila estava certa, o tempo é muito curto pra quantidade de coisas que querem que a gente faça. Nem os alemães davam conta de fazer a prova toda dentro das duas horas, quanto mais eu.<br />
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Nos dias de intervalo entre a primeira e a segunda prova recebo então a ligação do pessoal da Stulz querendo marcar uma entrevista comigo. Lá fui eu então pegar o trem de Braunschweig pra Hamburgo, todo arrumadinho, parecendo até um engenheiro de verdade, pronto para a entrevista. Mas como nada é fácil eu consegui realizar a proeza de chegar na estação de Hamburgo às três da tarde e ainda chegar com dez minutos de atraso para a entrevista que seria às quatro. Mas o que são dez minutos de espera para o cara lá da empresa quando ele tinha sido informado de que a entrevista seria às três horas mesmo. Uma pequena confusão sempre acontece.<br />
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Deixando os problemas de lado, a entrevista foi mais uma apresentação da empresa do que uma entrevista propriamente dita. Falei um pouco sobre mim com o chefão em alemão, pedi para ele falar um pouco devagar para eu entender melhor e ele desandou a falar sobre o que poderia fazer comigo, que eu passaria dois meses sendo treinado nas diversas áreas da empresa, que depois poderia escolher aquele que eu tivesse achado mais interessante ou tivesse um maior conhecimento para realizar minhas atividades, etc, etc e eu fazendo de conta que estava entendendo tudo, respondendo sempre com um "sim, "aham", "certo", "ok". No final o outro funcionário que possivelmente vai ser meu tutor fez um tour comigo pela empresa, mostrou a área de produção, os escritórios, o almoxarifado, etc. Terminada a visita ele marcou um dia para me ligar e dar a resposta. Foi tudo bem mais tranquilo do que eu inicialmente imaginava.<br />
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Alguns dias mais tarde, após mais umas sessões de estudos misturados com tensão e expectativa, finalmente recebi a ligação e a resposta. Eu havia conseguido um estágio. Dentro de algumas semanas estarei começando a trabalhar na Stulz e aí é que vou ter que mostrar que os quatro anos de faculdade que eu tive até agora serviram para alguma coisa. O bicho vai pegar novamente. O que vai rolar nesse período só Deus sabe, mas vou me esforçar como nunca para mostrar o que eu tenho de melhor.<br />
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Passado o período de euforia, hora de realizar a segunda prova. O resultado não foi muito diferente do primeiro. Depois de quatro meses eu encerro minhas atividades com a faculdade. Foi uma experiência interessante, mas em muitos momentos complicada e as vezes até um tanto chata. Depois de horas e dias de aulas teóricas poderei finalmente ver na prática tudo aquilo que aprendi na sala de aula. Espero que dessa vez seja algo realmente interessante.<br />
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Por enquanto, não tenho mais nenhuma obrigação pendente. A tarefa agora é correr contra o tempo para arrumar um quarto em Hamburgo o mais rápido possível. O que importa é que pelo menos meu futuro na Alemanha já está definido até pelo menos a metade de maio. É hora de comemorar e de me preparar para os desafios seguintes.VictorCabralhttp://www.blogger.com/profile/04300274648595141390noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-418725552645030951.post-64279438245767357452011-02-16T04:30:00.000-08:002011-02-16T04:30:40.692-08:00Euro Reise: LondonVoltando de uma prova agora, é hora de relaxar. Já que eu vou passar o resto do dia sem fazer nada então é melhor gastar o tempo com algo útil. Comentários sobre a prova serão feitos em outra ocasião.<br />
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Depois de Amsterdam era hora de programar aquela que a princípio deverá ser a única viagem de fevereiro. Entrando em contato com meu grande amigo Hélio, atualmente residindo em Dublin, decidimos então que nos encontraríamos em Londres para fazer uma farrinha. Se eu quero ir da Alemanha para a Inglaterra então quem eu deveria chamar? A nossa amiga de todas as horas Ryanair e suas passagens a preços imbatíveis!<br />
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Bem, não exatamente de todas as horas, mas de alguns horários meio cabulosos como 6:30 da manhã. Não seria nem tão ruim se eu não precisasse pegar um trem de Braunschweig para Bremen novamente. Como o primeiro trem do dia não daria conta de chegar em Bremen a tempo, precisei pegar o último do dia anterior. Resultado, cheguei na cidade de duas da manhã e teria que enrolar até a hora do voo. A solução seria o Irish Pub que fica do lado da Hauptbahnhof e que foi cenário de duas histórias minhas anteriormente. Seria se nesta noite especificamente ele não estivesse fechado. Resultado: caminhei um tempinho pela cidade vazia até encontrar um bar aberto para poder tomar uma cervejinha e esperar o tempo passar jogando no celular. E o bar ainda por cima estava completamente tomado pela névoa da fumaça de cigarro da galera e ainda tive que aturar uns bêbados puxando conversas que não faziam o menor sentido.<br />
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Superada esta etapa, voltei para a estação e ainda enrolei mais uma hora lendo revista em quadrinhos em alemão até pegar o trem pro aeroporto e lá poder dar uma cochilada bem desconfortável enquanto esperava o embarque. Dentro do avião mais um cochilo e finalmente eu estava em Londres, ou pelo menos num aeroporto que ficava a uma hora (ou algo parecido) de trem da cidade.<br />
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Já no aeroporto encontrei-me com o grande Hélio, vindo diretamente da capital irlandesa. Chegamos no albergue por volta das dez horas e como nosso check in só poderia ser feito a partir das duas da tarde, deixamos nossa bagagem lá e fomos embora a caminhar pela cidade. Entra aí aquela parte comum em todas as outras viagens (caminhar, tirar fotos, caminhar, tirar fotos, etc). Nesse esquema visitamos os pontos turísticos mais conhecidos da cidade (Big Ben, London Eye, Parlamento, Buckingham Palace, etc) e ainda tivemos a oportunidade de ver a guarda real da rainha realizando a troca de turno, com direito a uma performance da música YMCA feita pela banda real. Um dos destaques do passeio foram os pombos parrudos que tomavam conta dos parques. Os pombos de Recife numa briga com os de Londres tomariam um cacete fácil. Enquanto uns comem areia na praia e nas ruas os outros comem pão oferecido pelos turistas e várias outras comidas mais nutritivas.<br />
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Terminado o passeio, hora de voltar para o albergue e tirar um cochilo decente para aguentar a pegada da noite. E antes de sair, nada melhor do que fazer o velho warm up tomando um rum havana comprado no free shop e comendo coxa de asa de galinha, hehe.<br />
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E assim resumiu-se a viagem. Passeio de manhã e de tarde e farra de noite. Na companhia de outros brasileiros que conhecemos no albergue visitamos o British Museum (pequeniniiiinho), a London Tower, fizemos algumas compras na Oxford Street, visitamos a Abbey Road, na qual não havia como tirar foto andando na faixa, era gente demais na rua (minha saga beatlemaniaca está quase completa, só falta agora ver um show do Paul), pudemos conferir o agito da Ministry of Sound e observar mais uma vez o quanto tem viado, piriguete e pessoas com estilos estranhos nessa cidade. E para encerrar mais uma noite no bar do albergue para terminar o rum, tomar umas cervejinhas e esperar novamente o tempo passar para pegar o trem de madrugada de volta para o aeroporto e enrolar mais um pouco até o voo sair às oito da manhã. Saldo da viagem: cerca de doze horas de sono e cerca de duzentas libras gastas num período de quatro dias. Eu diria que valeu a pena.<br />
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De volta a Braunschweig, nada como outras doze horas de sono para renovar as energias que seriam usadas para os estudos nos dias seguintes. A próxima viagem ainda não está definida, mas depois das boas referências de Hélio sobre Dublin, esta cidade definitivamente entrou para a lista das cidades a serem visitadas.VictorCabralhttp://www.blogger.com/profile/04300274648595141390noreply@blogger.com1