quinta-feira, 8 de março de 2012

Euro Reise - Edimburgo

Vou tentar cumprir a promessa que fiz a mim mesmo de conseguir terminar as histórias do intercâmbio. Quase deixei este blog morrer, mas não seria justo comigo mesmo simplesmente abandoná-lo sem concluir meus relatos. Então é hora de parar de enrolar e ir ao que interessa.

Pois bem, a última postagem foi sobre Praga, mas cronologicamente eu já relatei o que aconteceu no dia do meu aniversário, e depois de encerrar os festejos rumei para Edimburgo na companhia de Rominho.

Na chegada à cidade eu me impressionei logo com o fato dela ser diferente das demais que eu havia visitado. Nada desse clichê de um rio que corta a cidade, de um ponto central que concentra as atrações turísticas, dentre outras características. Edimburgo se destacava nesse ponto. Seu "centro" é chamado de Cidade Velha e é uma área localizada no alto de um morro, onde se encontra o castelo e várias outras construções centenárias, quiçá milenares.


Descendo o morro em direção ao mar fica a Cidade Nova, que começou a ser planejada depois que o centro começou a ficar pequeno.

Para começar o dia, a melhor opção era sem dúvida o famigerado free tour. Percorrendo as ruas e ladeiras da Cidade Velha, pudemos ouvir algumas histórias de escritores, algumas personalidades, histórias mais aterrorizantes e outras bem curiosas como a do cachorro Bobby, cuja lenda diz que após a morte do seu dono, passou a viver ao lado da sua tumba durante anos até o fim da sua vida, o que lhe garantiu até uma estátua bem fofinha numa das ruas da cidade.

O guia nos apresentou também ao pub onde a autora da série Harry Potter começou a rabiscar as primeiras páginas de sua famosíssima história.

Ao final do tour, retorno ao albergue para um descanso (afinal a maratona de passar a madrugada na hauptbahnhof de Bremen, pra poder de lá seguir para o aeroporto e enfim chegar na cidade é algo deveras cansativo). Durante a noite, a opção não poderia ser outra. Um pub crawl. Uma noite a ser lembrada para sempre na minha vida, pois tive a oportunidade de provar o meu primeiro Scotch Whisky Single Malt em um pub escocês original. Pedi logo dois whiskys diferentes para saboreá-los. O resto da noite acabou regado a cerveja mesmo.


No dia seguinte, uma quinta feira, eu e Rominho nos aventuramos em um tour a dois pela cidade. Visitamos o Scott Monument, uma torre construida em homenagem ao escritor escocês Sir Walter Scott, de onde podíamos subir para ter uma visão panorâmica da cidade e poder apreciar o Castelo de um outro ângulo. Visitamos um morro cujo nome não me recordo (ainda tentei procurar alguma coisa no google, mas não encontrei) de onde pudemos ter mais uma vista legal da cidade e tirar fotos em algumas construções históricas. No fim da tarde ainda deu tempo de visitar o Palácio de Holyroodhouse, vulgo a residência oficial da Rainha quando ela vai pernoitar na cidade. De lá pegamos a Royal Mile em direção à cidade velha, parando a cada minuto para explorar as lojinhas de souvenires.

Durante a noite, acabamos repetindo a dose do Pub Crawl por não termos conseguido nenhuma informação de algum outro lugar que fornecesse entretenimento noturno. E o pub crawl é sempre uma ótima oportunidade pra conhecer uma turma legal e fazer uns brindes. Não posso esquecer de comentar o fato de estar entrando numa boate de onze e meia da noite com o céu ainda azul escuro e sair de lá perto das três da manhã com o céu mais claro do que quando eu havia entrado. Nada como estar em pleno solstício de verão.

De manhã cedo, na sexta, me despedi de Rominho que seguiria para o aeroporto para pegar um voo para Estocolmo e se encontrar com o resto da turma de Braunschweig. Como eu já estava planejando esta viagem antes do pessoal anunciar que queria ir para a Suécia, eu acebei resolvendo minha situação comprando uma passagem para ir no sábado. Portanto eu teria a sexta inteira para explorar a cidade sozinho.

A minha primeira parada não poderia ser em outro lugar, no Museu do Scotch Whisky. Antes de fazer o passeio eu me deixei levar pela loja com alguns exemplares maravilhosos como o Dalmore Candela, que custava a bagatela de 7.500 libras. Um lugar absolutamente fantástico.


E então eu fiz um pequeno passeio num barril acompanhando um vídeo que mostrava o processo de fabricação do whisky. Depois eu e mais alguns turistas fomos para uma sala onde haveria uma pequena degustação. Um especialista nos contou sobre a história do whisky escocês, falando das quatro regiões da Escócia e das peculiaridades dos whiskies de cada região. Fiz a minha escolha pelo whisky de uma delas e me agradou bastante (até porque pra quem está acostumado com os whiskies 8 anos do Brasil, um single malt é a perfeição). Depois da degustação uma visita a uma enorme sala que possui a maior coleção de garrafas de whisky do mundo. E vejam só, ela pertencia a um brasileiro. Um sujeito chamado Claive Vidiz, que chegou a acumular mais de 3 mil garrafas. Sem dúvida eu virei fã dele.


Após este mágico passeio, não me restava mais muito o que ver na Cidade Velha. Decidi então descer o morro em direção ao mar para visitar o porto ou as docas. Foi uma caminhada deveras longa, mas recompensada por uma breve apresentação que os caças da força aérea escocesa estavam realizando. E claro, não podia faltar a foto com o gaitista escocês.

Comentário: essa gaita faz um barulho alto pra cacete!

Encerrei a viagem pegando a minha mochila e matando o tempo em um pub até umas onze da noite, quando peguei o ônibus para o aeroporto. Meu voo só partiria às seis e meia, portanto eu ia ter um tempinho para dormir nos "confortáveis" bancos do aeroporto e em breve estaria em Estocolmo com os meus amigos.

Mas alguns acontecimentos inesperados acabaram por mudar os meus planos...

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