domingo, 3 de julho de 2011

Berlin e mais shows

 Apesar dos também quase três meses que eu havia passado em Hamburgo também terem sido muito proveitosos eu sentia que o meu verdadeiro lugar era Braunschweig. Lá talvez eu tivesse melhores opções para ocupar esse tempo livre que agora eu tinha.Resolvi falar com o Hausmeister do meu alojamento para saber se era possível antecipar o encerramento do contrato do fim de junho para o fim de maio e ele disse que não havia problema. Mas também não foi uma decisão fácil. Eu estaria deixando para trás meus bons amigos Rodolfo e Marina, sem os quais eu não teria conhecido tantas outras pessoas, entre elas os alemães Cristian e Nick, dois sujeitos muito loucos que sabem fazer festa no melhor estilo brasileiro. Nick por sinal chegou a morar um tempo no Brasil, fala português muito bem e disse que já esteve uma vez no carnaval de Olinda e que foi a melhor festa da vida dele. Além deles havia outras pessoas como o russo Anton, nossas amigas gregas e, em especial, uma italiana chamada Irene. Uma pessoa maravilhosa com quem eu tive a oportunidade de compartilhar alguns momentos muito agradáveis durante o curto período de um mês em que nos conhecemos. Ter que trocá-la por Braunschweig foi uma decisão muito complicada. Eu acabei me apegando a ela mais do que deveria, mas sentia que o fim de intercâmbio não deveria ser em Hamburgo e que era hora de procurar um novo desafio e levar comigo as boas recordações dessa cidade maravilhosa que foi onde a minha jornada começou e por muitas vezes me acolheu durante todo esse tempo. Novamente preparei minhas malas (hora de recomeçar o tal do leva e traz), aproveitei a quarta feira véspera de feriado para ir com a galera no bar do alojamento e me despedir de todos. Braunschweig me aguardava novamente, mas eu só voltaria a Braunschweig definitivamente uma semana depois. Na quinta cheguei lá só para deixar algumas bagagens com Rominho, tomar um banho e pegar outro trem com destino a Berlin para a segunda etapa da temporada de shows.

Berlin, a gloriosa capital alemã me dava as boas vindas novamente através da sua Hauptbahnhof gigantesca. Quem estava lá para me dar as boas vindas também era Rodrigo, um velho amigo que havia morado no meu prédio há alguns anos e estava fazendo intercâmbio em Berlin. De lá fui para a casa dele que seria o meu abrigo nas três noites seguintes e descansei um pouco para ir ao show. A banda da vez seria Mando Diao. Um grupo de suecos que eu tive a sorte de verem tocando num festival em Valência pela MTV. Gostei das músicas logo de cara e comecei a pesquisar um pouco mais sobre eles na internet, baixei algumas músicas e virei fã. Chegando na Alemanha deu logo pra ver que os caras faziam muito sucesso aqui na Europa. Eles tinham lançado um CD/DVD de um show acústico e eu aproveitei para conferir mais músicas deles e ficar com o repertório na ponta da língua. O show não fugiu às minhas expectativas. Muito bom mesmo. Virei fã de carteirinha dos caras que conseguiram me manter vibrante durante toda a apresentação mesmo depois de passar cerca de duas horas e meia em pé assistindo duas bandas de abertura até os caras começarem a tocar. Mas no fim eu estava cansado pra caramba. Rumei para a casa de Rodrigo (o local do show estava para a casa de Rodrigo assim como Kiwittsmoor está para o centro de Hamburgo) e fui dormir direto. A sexta seria um longo dia.

Acordando por volta de meio dia, comi alguma coisa, me arrumei e fui com Rodrigo para o apartamento de uma amiga dele que estava morando em Berin também. Por coincidência algumas amigas de Recife que estavam de intercâmbio na França haviam aproveitado o feriadão que havia começado no dia anterior para fazer uma visita a Berlin. Peguei o bonde das meninas e fui turistar por Berlin novamente com elas. A programação noturna não poderia ser outra. Boate, claro. Depois de fazer aquele velho warm up em casa, fomos todos para um prédio onde a festa rolava nos últimos andares e pudemos ter uma vista privilegiada do amanhecer em Berlin na cobertura do prédio. Acredito que eu ainda não tenha comentado nada sobre quanto sol nós temos aqui no verão. Em Berlin, a três semanas do dia mais longo do ano, o céu já está azulado às 3:30, o sol nasce antes das 4:30 e só vai se pôr depois das 21:30. No início era muito massa e coisa e tal, mas depois de um tempo você perde a noção de horário, sem falar que com essa história do sol demorar para se por, fica quente até umas oito da tarde (noite).

E foi para aproveitar esse solzão que a turma de Berlin tomou a tarde do sábado para fazer o velho churrasco no parque no melhor estilo alemão. Salsicha de tudo quanto era tipo, pão de alho e, claro, cerveja. Uma beleza, hehe. O churrasco começou lá pelas cinco da tarde e acabou por volta das dez, quando o sol havia finalmente ido embora. E aí só para não dizer que passamos uma noite de sábado sem sair, fomos para um barinho bater um papo e relaxar. Berlin foi excelente e eu estaria de volta em breve para mais alguns shows. No domingo já era hora de retornar a Braunschweig, só que novamente eu não passaria muito tempo lá. Cheguei no fim da tarde, descansei um pouco e coisa e tal, e de noite peguei mais um trem para Bremen. Ia passar umas três horas enrolando por lá e pegar outro trem para Hamburgo, de onde eu seguiria às 7:30 para uma cidadezinha não muito conhecida chamada Köbenhavn.

Nenhum comentário:

Postar um comentário